A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública em âmbito mundial e no Brasil atinge 21,5% da população. Inúmeros são os tratamentos para obesidade, desde a adoção de uma alimentação saudável aos procedimentos cirúrgicos.
Nas últimas décadas, os hábitos alimentares sofreram transições de acordo com o estilo de vida presenciado pela população em geral. A escassez de tempo atrelado às inúmeras funções na vida cotidiana proporcionaram o imediatismo de muitas atividades, dentre elas a alimentação. Os indivíduos passaram a consumir de alimentos pré-prontos, principalmente do tipo "fast-food", somado a isso, a mídia passou a ter forte influência sobre os padrões de beleza, estética e alimentação, que muitas vezes não condizem com a realidade, fato que pode causar interferência na vida das pessoas, e desencadear comportamentos alimentares inadequados (RODRIGUES et al., 2017).Com isso, os indivíduos, principalmente os jovens, ficam mais vulneráveis para o desenvolvimento de Transtornos Alimentares (TAs), que são definidos como distúrbios psiquiátricos caracterizados por consumo, padrões e atitudes alimentares exageradas, e excessiva preocupação com o peso, sendo divididos em duas categorias principais, a Anorexia Nervosa que é um medo severo do ganho de peso e a Bulimia Nervosa que se caracteriza por práticas exageradas para a perda de peso (BARBOSA et al., 2019).Tal situação se torna mais preocupante principalmente nos estudantes, devido ao fato dos mesmos aderirem a uma rotina de estudo, como também de trabalho, em que muitas vezes estes acarretam a redução do seu tempo, e com isso como saída buscam praticidade na alimentação, não se atentando para a qualidade do alimento consumido. Somado a isso, as mudanças comportamentais devido a extensa rotina com trabalhos, stress, modismos dietéticos e cobranças em relação à estética, proporcionam a redução da administração do tempo para realizar as refeições, optando por alimentos de rápido preparo e de fácil consumo, o que muitas vezes se torna um fator contribuinte para o desenvolvimento dos TAs (GONÇALVES, 2019).Por conseguinte, estudantes da área da saúde apresentam maiores riscos para desenvolver distúrbios alimentares, principalmente os do curso de Nutrição, devido ao fato de terem grandes preocupações com o aspecto exterior, e relacionarem a boa aparência ao sucesso profissional. Atrelado ao isso, os futuros nutricionistas tornam-se ainda mais suscetíveis, pelo constante contato com os alimentos, e terem conhecimentos das propriedades nutricionais (CRUZ et al., 2019). O objetivo do presente estudo foi investigar o comportamento de risco para transtornos alimentares em estudantes de nutrição. METODOLOGIATrata-se de um estudo de campo de corte transversal, descritiva, quantitativa e exploratória. A pesquisa foi realizada
INTRODUÇÃO:Devido as dificuldades advindas do processo de urbanização e inabilidade das políticas públicas em atender à carência dos indivíduos sujeitos a marginalização social, população em situação de rua vem aumentado nos últimos anos. Assim as práticas de cuidado em saúde realizadas por equipe interprofissional, com a colaboração efetiva entre as diferentes áreas no processo promove centralidade e integralização no cuidado, consideradas uma proposição para desvendar a complexidade e propiciar o aprimoramento das competências colaborativas para o trabalho em equipe. OBJETIVO: Descrever a experiência acadêmica interprofissional em saúde com indivíduos em situação de rua. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Trata-se de relato de experiência de graduandos em nutrição, enfermagem e fisioterapia, realizado em centro de apoio a indivíduos em situação de rua em município do sudoeste da Bahia. No planejamento e execução da intervenção foi utilizada a metodologia problematizadora do Arco de Maguerez: observação da realidade -visita dos acadêmicos ao local de intervenção; pontos-chave -identificação das demandas do público-alvo (hipertensão arterial afetava grande parte da população); teorização -temas a serem aprofundados; hipóteses de solução -foi considerada a necessidade de estratégias de acolhimento aos participantes por se tratar de uma população carente, com repasse de informações em linguagem simples, objetiva, com demonstração prática; e aplicação à realidade prática -na roda de conversa compartilhada ressaltou-se a importância da prevenção e controle da hipertensão arterial por meio da boa alimentação, medicação, prática de atividade física e descanso adequados. Cada participante compartilhou sua concepção sobre saúde, dificuldades que possuíam quanto aos seus hábitos de vida, evidenciando a consciência de responsabilidade individual e coletiva diante do assunto abordado. DISCUSSÃO: A estratégia foi concretizada em diálogo aberto e participativo, abordagem integrativa considerando as práticas de vivência, quanto as boas práticas alimentares e hipertensão arterial, uso adequado dos medicamentos e atividade física como exercício da autonomia do sujeito no cuidado da saúde. CONCLUSÃO: Discutir a vivência dos indivíduos suscetíveis as consequências da indiferença social, requer atenção considerável quanto as ações de assistência multiprofissional ofertadas. Deste modo, a aplicação da educação e trabalho interprofissional como parte do cuidado aos indivíduos assistidos no abrigo, reflete também a efetivação dos seus direitos. Palavras-chave:Educação nutricional e alimentar, Direito humano à alimentação adequada, Assistência integral a saúde, Alimentação adequada, Hipertensão.
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