RESUMO: Na revascularização do miocárdio com o coração batendo, a exposição das artérias posteriores durante a esternotomia pode levar à deterioração hemodinâmica necessitando um suporte inotrópico. Estudos experimentais recentes demonstraram o benefício hemodinâmico da assistência ventricular direita (AVD).Objetivo: Avaliar os efeitos hemodinâmicos da AVD durante a manipulação cardíaca para expor as artérias coronárias posteriores, determinando seu efeito em: restaurar a hemodinâmica, aumentando a exposição anastomótica e diminuindo o uso de inotrópicos.Casuística e Métodos: Onze pacientes (6 homens / 5 mulheres), com idade média de 63,3 anos (49-74) foram revascularizados utilizando AVD. Todos tiveram pelo menos 1 ramo da artéria circunflexa (CX) revascularizado. A parede anterior foi revascularizada sistematicamente sem circulação extracorpórea (CEC) ou AVD. A artéria coronária direita (CD) e o ramo da CX foram completados em AVD. A pressão arterial média (PAM), a pressão média da artéria pulmonar (PAP) e o débito cardíaco (DC) foram registrados durante as anastomoses CD e CX.Resultados: Os dados foram registrados da seguinte maneira: 1) base em normoposição; 2) CX em posição AVD Off; 3) CX em posição AVD On; 4) CD em posição AVD Off; 5) CD em posição AVD On. Conclusões: A AVD suporta e facilita a revascularização sem CEC para as artérias coronárias posteriores, restaurando a hemodinâmica, possibilitando melhor exposição para as anastomoses e, aparentemente, reduzindo a necessidade de uso de inotrópicos. Estudos prospectivos randomizados são necessários para confirmar esta experiência inicial.
Esteves Lima L, Nataf P, Esteves Lima A, Franceschini I A, Gomes C, Paniagua P, Carranza R, Rezende M C, Gandjbachkh I -Técnica de revascularização miocardica com uso de toracoscopia . Rev Bras Cir Cardiovasc 1996; 11 (4): 232-7.RESUMO: Os excelentes resultados da revascularização do miocárdio utilizando a artéria torácica interna (ATI) e a artéria interventricular anterior (AIA) estão consagrados. A realização de revascularização do miocárdio com auxílio de uma técnica pouco invasiva, a toracoscopia, é uma alternativa original, quando comparada com os métodos clássicos . A técnica consiste na dissecção da ATI esquerda com toracoscopia, e a anastomose coronariana abordando a AIA através de uma minitoracotomia anterior esquerda. A exclusão pulmonar esquerda é feita com intubação seletiva. Três incisões torácicas de 1,5 cm, ao nível do 52 e 6 2 espaços intercostais, possibilitam a introdução dos trocartes para a passagem da câmera endoscópica e dos diversos instrumentos cirúrgicos utilizados. Após a inspeção da cavidade pleural e do púlmão, a ATI é observada e, em seguida, dissecada em todo o seu trajeto. As colaterais são "clipadas" ou coaguladas. Uma minitoracotomia anterior de aproximadamente 6 cm no 4 2 espaço intercostal esquerdo é feita para abordar a AIA após a abertura do pericárdio. O controle da artéria coronária e a colocação de um shunt (após arteriotomia) permitem a realização da anastomose, com o coração batendo e sem auxílio de circUlação extracorpórea . Esta técnica de revascularização coronária, com o uso de toracoscopia, é uma opção terapêutica para uma certa categoria de pacientes coronarianos e, provalvelmente, o início de uma nova época na cirurgia cardíaca, pois outras intervenções com toracoscopia já estão em fase experimental. DESCRITORES: Revascularização miocárdica, método §.7..rtérias torácicas, cirurgia. Vasos coronários, cirurgia . Toracoscopia. Cirurgia minimamente invasiva. / INTRODUÇÃO Foi em 1967 que KOLESOV (1) publicou a primeira revascularização do miocárdio, que realizou em 1964, utilizando a artéria torácica interna (ATI) como enxerto coronário direto para uma artéria marginal, sem uso de circulação extracorpórea (CEC) através de toracotomia esquerda. Posteriormente, KOLESOV & KOLESOV (2,3) e OLEARCHYK (4) publicaram a utilização da ATI como enxerto, anostomosada à artéria interventricular anterior, para o tratamento da angina de peito.Atualmente, a maior parte das operações de revascularização do miocárdio (REM) são feitas com uso de CEC e esternotomia mediana.
Descrevemos uma paciente de 27 anos que se apresentou com paraganglioma de mediastino anterior e médio e nódulos pulmonares bilaterais. O tratamento consistiu na ressecção das lesões pulmonares através de toracotomia anterior bilateral transesternal e retirada do paraganglioma com auxílio de circulação extracorpórea. Como tratamento neoadjuvante foram usadas radioterapia e quimioterapia. A evolução pós-operatória foi satisfatória, e catorze meses depois a paciente encontrava-se assintomática.
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