ResumoO presente artigo busca apresentar a teoria da interdependência complexa no contexto das relações internacionais, que surge a partir da análise das mudanças verificadas a partir da década de 70 do século passado, com o surgimento de empresas transnacionais e o papel crescente da economia nas relações internacionais e estabelecer uma relação desta com o direito internacional dos direitos humanos. Palavras-chave: Interdependência complexa. Relações internacionais. Direitos humanos.
IntroduçãoNas relações internacionais há uma gama de teorias que procuram explicar a política internacional, poder é um fenômeno típico das relações sociais e também das relações estatais, estando presente nos sistemas políticos nacionais e internacionais. O debate entre realismo e liberalismo, neorrealismo e neoliberalismo, fornece subsídios para tentar entender as relações internacionais. Uma das teorias que analisam a relação de poder no sistema internacional é justamente a interdependência complexa.Surgida em meados da década de 70, do século XX, do clássico "Poder e Interdependên-cia: A política mundial em transição" de Robert O. Keohane e Joseph S. Nye, a interdependência complexa levanta a ideia de que o poder internacional tem várias dimensões e não exclusivamente a segurança dos Estados, contrapondo-se até certo ponto e se tornando uma alternativa para a escola realista que havia prevalecido durante as décadas da Guerra Fria.Sob a interdependência complexa procura-se compreender as condições em que as democracias desenvolvem redes de interdependência, de cooperação e favorecem o surgimento de instituições internacionais que reduzem os riscos de guerra.Nas teorias das relações internacionais a teoria idealista é a que pressupõe princípios éticos e morais a guiar as tomadas de decisões políticas no sistema internacional, contudo tentou-se com o presente artigo estabelecer uma ponte entre a teoria da interdependência complexa e a questão dos direitos humanos. Apesar da teoria não fazer
O problema de pesquisa diz respeito a qual modelo de democracia é desejável, à vista da crise institucional e política observada nos dias atuais. A análise realizada é monográfica. Evidencia-se dois modelos de participação política, a democracia liberal que tem como principais características a competição e a participação política e a democracia preconizada por Jacques Rancière por meio da prática política que se opera a partir da contribuição das classes populares para a instalação de espaços públicos. Aborda-se a crise democrática expondo um estudo realizado anualmente que investiga o índice de democracia em grande parte dos países. Encerra-se o trabalho demonstrando ao final a necessidade da manutenção das premissas da democracia liberal como meio de defesa das próprias regras do jogo democrático.
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