A Serra de Maracaju, relevante conjunto de relevo do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, historicamente mantém uma relação conflituosa com as dinâmicas territoriais que se impuseram no processo de uso e ocupação da terra. Este artigo objetiva apresentar as paisagens da Serra de Maracaju e propor unidades de paisagens, compreendendo suas estruturas físico-culturais e usos da terra, tendo como base os cenários de 1986 e 2016. Na investigação, foram realizados trabalhos de campo e espacialização de dados em sistemas de informação geográfica que permitiram identificar seis unidades de paisagens. Nas áreas em que as estruturas das paisagens apresentam maiores declividades, registraram-se os maiores índices de conservação e preservação, essencialmente da vegetação nativa. Concomitantemente, em áreas de relevo com maior aplainamento e em paisagens aptas para as atividades agropecuárias, o nível de preservação e conservação da vegetação nativa diminuiu consideravelmente durante o período analisado. Constatou-se que as dinâmicas territoriais historicamente construídas para a produção de commodities para a exportação, estão intimamente ligadas às transformações das paisagens da Serra.Ideias destacadas: artigo de pesquisa sobre a diversidade de paisagens da Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brasil. Foram identificadas seis unidades de paisagens a partir de suas estruturas físico-sociais e dos usos da terra. Os cenários de 1986 e 2016 permitiram identificar as transformações, os impactos e suas potencialidades.
Wallace de Oliveiracategoria Fraca que se mostrou dominante na bacia, sendo áreas relacionadas com o extenso uso de pastagem para a criação de gado de corte e outros, a categoria Médio e Forte, que juntas apresentaram 29,5% da área total da bacia, como também foi encontrada em poucos locais, a categoria Muito Forte e não foi encontrada na bacia a classe Muito Fraca. Através desta pesquisa concluiu-se que em algumas áreas, os processos erosivos se encontram em estágio avançado, devido ao escoamento superficial
Regiões cársticas exibem grande beleza cênica, rios translúcidos, grutas, cavernas, abismos, entre outras feições que resultam em paisagens cada vez mais incorporadas aos circuitos de turismo de natureza. Neste contexto, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o potencial das paisagens para o turismo na Bacia Hidrográfica do Rio Formoso (BHRF), Bonito/MS, por meio da identificação, classificação e cartografia das paisagens, empregando indicadores ambientais e geoecológicos de forma integrada e sistêmica. Na operacionalização da pesquisa utilizou-se uma matriz de variáveis e critérios ligados à naturalidade, diversidade, singularidade, complexidade, qualidade visual, presença de rios cênicos e avaliação dos empreendimentos turísticos, para cada uma das unidades de paisagem, em que foram atribuídos pesos de potencial manuseados em ambiente SIG ArcGis 10®. Como resultados, apontou-se a existência de sete unidades de paisagem de primeiro nível e vinte e três de segundo nível, em uma marcante heterogeneidade que se vinculou ao relevo íngreme e, em alguns casos, dissecados, o que favorece a ocorrência de cachoeiras e corredeiras. Os rios com águas translúcidas também se vinculam à potencialidade muito alta para o turismo, inclusive são nestas unidades que estão localizados grande parte dos empreendimentos turísticos de Bonito. Isso fez com que esse trabalho contribua tanto no arcabouço teórico-metodológico quanto na prática e aplicabilidade em uma região cárstica, facilitando a organização do fenômeno turístico de forma a inter-relacionar com as potencialidades da paisagem, visando o planejamento e gestão turística sustentável. Palavras-chave: Potencial Turístico. Cartografia das Paisagens. Sistema Cárstico. Bonito.
Essa pesquisa teve como objetivo analisar a influência dos litotipos de composição carbonática na qualidade das águas superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio Sucuri - BHRS, localizada no município de Bonito – Mato Grosso do Sul, Brasil. Para tanto, a metodologia consistiu em duas etapas básicas: a primeira delas trata-se da atualização do mapa geológico da bacia, por meio de saídas de campo; e a segunda etapa consistiu no monitoramento da qualidade das águas superficiais ao longo de cinco pontos, selecionados no rio Sucuri. Chegou-se, assim, a resultados que apontaram a influência significativa das rochas carbonatadas na composição química e na qualidade das águas, seja em seu pH alcalino, alta condutividade e na concentração de sólidos totais dissolvidos - TDS, decorrente da quantidade de sais dissolvidos na água. Com isso, seu enquadramento apontou alguns pontos críticos, porém, quando relacionado ao parâmetro principal, as concentrações de oxigênio dissolvido - OD revelaram boa qualidade das águas. O parâmetro referente à turbidez é o impacto mais notável da geologia sobre as águas, pois ocorre a decantação dos componentes químicos dissolvidos dos calcários no leito fluvial, provocando uma translucidez que traz grande beleza cênica ao manancial. Conclui-se que, por meio dessa análise, foi possível enquadrar o rio Sucuri na classe I, limitando seu uso para determinadas funções, além de apontar que o ambiente cárstico exerce forte influência sobre os parâmetros físicos e químicos das águas superficiais.
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