RESUMO O debate sobre o desemprego tecnológico se acentua quando as inovações disruptivas ganham destaque, como é o caso recente da inteligência artificial. No entanto, tais análises frequentemente ignoram o crescimento econômico e a demanda agregada no tratamento do desemprego. Este artigo analisa o que vem acontecendo com os empregos no Brasil a partir da decomposição estrutural da Matriz Insumo-Produto. O que constatamos é que, com exceção da agricultura, os setores foram geradores de empregos de 2000 a 2015. Além disso, os ganhos de demanda foram capazes de compensar as perdas de empregos decorrentes do progresso tecnológico.
Resumo Este artigo busca refletir acerca dos impactos das inovações tecnológicas sobre o emprego, a partir de três autores de concepções teóricas distintas, quais sejam, Ricardo, Marx e Wicksell. Em particular, procura-se recuperar os argumentos utilizados em três importantes abordagens do problema: a da compensação; a da tendência intrínseca de geração de desemprego tecnológico, sujeito a contratendências; e a de equilíbrio ótimo, com maximização do produto e aumento de salários. Após a análise dos debates, o artigo mostra como várias das questões neles presentes permanecem ainda nas discussões atuais, destacando seu caráter inconcluso.
O progresso técnico de um país contribui para o crescimento econômico e para a variação de sua estrutura produtiva. Uma análise multissetorial da evolução da produtividade dos setores econômicos demanda medidas que deem conta de toda sua cadeia produtiva, permitindo capturar o efeito de propagação de progresso técnico entre os setores, fato comumente ignorado em medidas convencionais. Com efeito, este trabalho pretende avaliar a produtividade total do trabalho no Brasil, entre 2000 e 2018, a partir do arcabouço teórico dos subsistemas, que considera o trabalho direto e indireto demandado por dado setor, advindos dos outros setores e de si mesmo, para atender à demanda final. Diante disso, nota-se que os setores industriais apresentam encadeamentos produtivos mais robustos, mas que vêm apresentando baixas taxas de crescimento de produtividade e perda na composição dos empregos no país. O setor agrícola, por outro lado, apresentou taxas de crescimento da produtividade elevados, o que indica alta competitividade, mas com sensível redução de requerimentos de mão de obra, tanto diretos quanto indiretos. Embora este setor tenha menos encadeamentos produtivos, ele ajudou a propagar progresso técnico para os demais setores que adquirem seus produtos como insumos, direta ou indiretamente.
This paper presents a systematic literature review, grounded on bibliometric procedures, of the (political economy) works, produced from 2008 to 2020, on the relations between Artificial Intelligence and employment. It detects a growing tendency of published papers in this field, especially from 2019, and identifies four main groups of concerns on this topic. Within these groups, a prevalence of more optimistic over skeptical accounts and, especially, of economic orthodox over heterodox approaches on the issue can be noted. Overall, it is possible to understand that both the reviewed works and their metrics are quite dispersed and varied in scope. Among other reasons, this is due to the lack of a common basic definition, within the field, of AI in the first place.
Os textos que se inscrevem nesta obra, procedentes de pesquisadores e pesquisadoras dos dois coletivos que a conceberam e foram convocados por chamada geral para a edição, abordam o Direito Urbanístico a partir de uma perspectiva crítica, como um campo do pensamento e da prática jurídica vocacionado às transformações sociais e urbanas necessárias para a efetivação dos direitos reivindicados pelo povo e pelos movimentos sociais, sejam eles reconhecidos pelo Estado e pelos organismos internacionais, sejam eles direitos formulados na vida social e ainda em processo de legitimação e de reconhecimento pelas diferentes institucionalidades. Na parte I, busca-se apresentar a relação entre a teoria de O Direito Achado na Rua e o conjunto de princípios, normas e fundamentos históricos e sociais do Direito Urbanístico no Brasil. Os textos aqui reunidos buscam fazer uma interface entre os fundamentos teóricos que lastreiam o Direito Urbanístico e O Direito Achado na Rua. Na parte II, estão concentrados textos que aportam reflexão e análise sobre o direito à cidade em seu aspecto teórico e prático, como núcleo fundante e paradigma do Direito Urbanístico. Os textos reunidos nesta parte II são aqueles que, de forma mais aprofundada, propõem uma reflexão sobre esse direito, seja a partir da matriz lefebvriana, seja a partir da crítica de outros autores e também da práxis dos movimentos sociais. Na parte III, os textos reunidos abordam formas concretas de lutas e experiências sociopolíticas que buscam efetivar o direito à cidade a partir das mais diversas óticas. Na parte IV, estão reunidos textos que avaliam criticamente a experiência da construção e efetivação do marco jurídico-urbanístico no Brasil, a partir da Constituição de 1988 e do Estatuto da Cidade. A parte V reúne alguns documentos históricos de difícil acesso. Assim, além dos documentos produzidos na escala nacional e internacional que refletem o processo social e político de construção do Direito Urbanístico no Brasil e no mundo, selecionamos, a título exemplificativo, documentos produzidos na escala local, a fim de demonstrar a interconexão e influência recíproca entre diferentes escalas de produção de direitos.
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