Este artigo apresenta os resultados de um estudo qualitativo com famílias que visitaram a exposição “Oceanos” no Museu da Vida, um museu interativo no Rio de Janeiro. A exposição teve como objetivo informar e sensibilizar o público sobre os oceanos abordando sua diversidade ambiental, riqueza e biodiversidade e a ameaça a sua preservação representada pelas atividades antropogênicas. As visitas de dez grupos familiares foram registradas em vídeo e suas conversas analisadas utilizando o software Dedoose® buscando compreender os processos de apropriação da exposição por parte dos visitantes. A exposição “Oceanos” conseguiu atrair a atenção dos visitantes, que se mantiveram bastante interessados e focados na experiência durante toda a visita. Os resultados sugerem que houve uma apropriação dos conteúdos da exposição, por parte dos grupos familiares, num processo colaborativo socialmente mediado e que o objetivo de sensibilizar o público para questões ambientais, como por exemplo o lixo marinho, foi alcançado.
Investigamos a experiência de cinco grupos de adolescentes ao visitar a Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (FECTI) com o objetivo de analisar a dinâmica dos visitantes nesse espaço, em particular, como eles interagiram com os expositores, os objetos expositivos e entre eles. A coleta de dados foi feita com câmeras subjetivas acopladas em um adolescente por grupo e os vídeos foram analisados com um protocolo de pesquisa que permite revelar os tipos de conversas e interações mais frequentes durante a visita. Identificamos que, se por um lado os visitantes se apropriaram de forma participativa da feira de ciências, escolhendo e negociando temáticas científicas de interesse a partir de experiências e conhecimentos prévios do/sobre o grupo e envolvendo esforços criativos para entender, contribuir e se integrar à dinâmica da feira; por outro, pouco foram os casos em que foi possível identificar conversas em que eles se mostraram engajados em conteúdos de ciência na relação com os expositores da feira. Esses resultados podem ser um indicador da necessidade de pensar outras dinâmicas e formatos de feiras de ciências para envolver os visitantes.
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