“…Como comentado anteriormente, há poucos estudos sobre a experiência de famílias em visitas a museus de ciência no Brasil e em outros países da América Latina. Um estudo anterior que utilizou o mesmo protocolo de análise e foi aplicado com famílias em uma exposição sobre os oceanos no Museu da Vida, RJ (Cf: Guimarães et al, 2019) também demonstrou que Conversas sobre a exposição (funcionamento, design, experiência museal) foram as conversas mais expressivas entre os familiares e que os pais atuaram colaborativamente, como facilitadores, auxiliando às crianças. Nesse sentido, é interessante observar que nossos resultados estão sintonizados com estudos realizados na América do Norte e em países europeus: demonstram os papéis significativos que os pais ou outro adulto responsável frequentemente desempenham como mediadores da aprendizagem das crianças em museus de ciências (Crowley & Callanan, 1998;Crowley et al, 2001;Feinberg & Leinhardt, 2002;Fender & Crowley, 2007;Lancy et al, 2010;Rogoff et al, 2003); que a maioria das conversas dos visitantes em museus são sobre as exposições (Allen, 2002); que o conteúdo de ciência é facilitado por conexões com experiências anteriores (Callanan, 2012;Crowley et al, 2014); que o design da exposição é muito importante para o aprendizado em família (Allen, 1997;Borun et al, 1998;Gaskins, 2016;Randol, 2005).…”