Objetivos: Investigar as publicações acerca da sexualidade do adolescente com deficiência considerando todos os tipos de deficiências e suas inter-relações e discutir a dificuldade na abordagem da temática. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de cunho qualitativo em que a coleta de dados ocorreu entre janeiro e março de 2018, com a consulta de artigos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) publicados em periódicos no período de 2003 a 2018. Resultados: Observou-se a perpetuação de conceitos e práticas conservadoras que envolvem o assunto, sendo enfatizadas as infecções sexualmente transmissíveis ou questões biomédicas, com reduzida abordagem da temática sociocultural. Dentro dessa temática sociocultural, foram selecionados 13 artigos nos quais emergem como destaque o conflito do assunto para os pais, que em geral tendem a superproteger os filhos com deficiência; os valores familiares e sociais que tendem a negar a sexualidade entre adolescentes e a sexualidade do adolescente com deficiência, ainda estigmatizada como ausente ou como anormal, e com isso caminha-se para a negação o que potencializa e dificulta a abordagem da temática. Conclusões: A concretização da sexualidade do adolescente com deficiência necessita de uma ruptura de conceitos conservadores e estigmatizados. Na perspectiva da saúde, desde que seja tratada com respeito, pode proporcionar um melhor cuidar superando assim modelos supressores, permitindo um olhar para a inserção desse adolescente nesse mundo de descobertas e superando a subjetividade das práticas observadas nas inter-relações pessoais. Sendo necessário pensar em mecanismos que minimizem as barreiras existentes para o pleno desenvolvimento desses indivíduos.
Introduction: supporting the constitutional rights of people with disabilities includes meeting new curricular guidelines and requires higher education that considers diversity in different contexts. Thus, the undergraduate curricula of health professionals must meet the multifaceted needs of people with disabilities in a way that transcends the biomedical model and permeates the promotion of an inclusive culture. Attitudes and values about disability often influence people’s behavior, making it imperative to introduce this topic. Aim: the present study aim to describe an approach in the curricula and teachers’ conceptions about children and adolescents with disabilities in medical courses. Method: this exploratory, cross-sectional study with a qualitative approach included the documental analysis of official documents of the courses and official pages of the universities, published until the first semester of 2021 and interviews of teachers participating in the course. The content analysis technique was used for the interview material. Results: the documental analysis pointed in the general topics a direction towards a humanistic formation, while respecting the differences; however, when the topic is the disability, the focus was centered on biological issues. During the interviews, the following topics were identified: 1) The importance of the Unified Health System as a space for medical training; 2) The contribution of the National Curriculum Guidelines in guiding the activities of teachers and highlighting relevant points; 3) Development of teaching activities aimed at children and adolescents with disabilities, based on the teachers’ experiences; 4) Conception about the person with disabilities and teacher training; 5) Teacher training for the development of teaching activities about children and adolescents with disabilities and knowledge about public policies in the area. Conclusions: a weakness was identified in the approach to the subject, with specific insertions on the subject, usually from the perspective of the disease and from the opportunities that arise. Among the teachers, the predominance of the biomedical perspective was identified, as well as the lack of training on the subject and its fragile insertion in academic practice. However, the importance of the topic was recognized and its potential to integrate the curricular matrix in a cross-sectional way.
Resumo: Introdução: Amparar os direitos constitucionais das pessoas com deficiência inclui atender aos novos direcionamentos curriculares e exige um ensino superior que considere a diversidade em diversos contextos. Assim, os currículos de graduação de profissionais de saúde devem atender às necessidades multifacetadas das pessoas com deficiência de modo que transcendam o modelo biomédico e perpassem pela promoção da cultura inclusiva. As atitudes e os valores sobre a deficiência frequentemente influenciam o comportamento das pessoas, tornando imperativa a introdução desta temática. Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever a abordagem nos currículos e as concepções de professores sobre crianças e adolescentes com deficiência em cursos de Medicina. Método: Trata-se de um estudo exploratório, transversal e de abordagem qualitativa que incluiu a análise documental de documentos oficiais dos cursos e páginas oficiais das universidades publicados até o primeiro semestre de 2021, e entrevistas de professores participantes do curso. A análise de conteúdo foi a técnica utilizada para o material das entrevistas. Resultado: A análise documental apontou nos tópicos gerais um direcionamento para uma formação humanística, com respeito às diferenças. Entretanto, quando a temática é a deficiência, o enfoque foi centrado nas questões biológicas. Nas entrevistas, identificaram-se os seguintes eixos temáticos: 1. a importância do Sistema Único de Saúde como espaço de formação médica; 2. a contribuição das Diretrizes Curriculares Nacionais na orientação das atividades dos docentes e destaque a pontos relevantes; 3. desenvolvimento de atividades de ensino voltadas à criança e ao adolescente com deficiência, com base nas experiências dos docentes; 4. concepção sobre a pessoa com deficiência e formação docente; 5. formação docente para o desenvolvimento de atividades de ensino sobre a criança e o adolescente com deficiência e conhecimento sobre as políticas públicas da área. Conclusão: Foi identificada uma fragilidade na abordagem da temática, com inserções pontuais sobre o tema, geralmente na perspectiva da doença e a partir de oportunidades surgidas. Entre os docentes, identificaram-se a predominância do olhar biomédico, a ausência de formação para a temática e a frágil inserção desta na prática acadêmica. Entretanto, houve reconhecimento da importância do tema e seu potencial em integrar a matriz curricular de forma transversal.
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