Este artigo tem como objetivo analisar duas propostas de produção textual presentes no livro “Caminhar e Transformar”, destinado aos anos finais do ensino fundamental, na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. Para tal análise, foi elaborada uma ficha baseada na concepção de ensino presente nos documentos oficiais e na contribuição de autores que trabalham com o livro didático e com o ensino, como Lajolo (1996), Rojo e Batista (2003) e Bunzen (2011), e com a linguagem, entre eles Bakhtin (1981) e Marcuschi (2008). Este artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado, apresentando uma abordagem interpretativista. A partir da análise realizada, foi possível constatar que as propostas estão organizadas por gêneros e que a tecnologia e os gêneros digitais, tal como os gêneros orais, foram mal aproveitados.
Palavras-chave: Livro didático. Educação de jovens e adultos. Produção textual.
Este artigo tem como objetivo analisar duas propostas de produção textual presentes no livro “Caminhar e Transformar”, destinado às séries finais do ensino fundamental, na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. Para tal análise foi elaborada uma ficha baseada na concepção de ensino presente nos documentos oficiais e na contribuição de autores que trabalham com o livro didático, com o ensino e com a linguagem, entre eles Marcuschi e Bakhtin. Este artigo é um recorte de uma pesquisa de cunho qualitativo, predominantemente descritiva, com uma abordagem interpretativista. A partir da análise realizada, foi possível constatar que as propostas estão organizadas por gêneros e que a tecnologia e os gêneros digitais, tal como os gêneros orais, foram mal aproveitados.
Este artigo analisa algumas mudanças ocorridas nos livros didáticos de português e as relaciona com as próprias alterações no ensino da língua materna. Ele é fruto de uma pesquisa documental realizada a partir da comparação de dois livros publicados em épocas diferentes: 1969 e 2018. A partir dessa comparação, foi possível refletir sobre o percurso socio-histórico do livro didático de português, sua estrutura e concepção teórica. A base teórica deste artigo articula a leitura de diferentes autores que discutem o ensino de língua portuguesa sob diversas perspectivas. Os livros didáticos, por serem um produto cultural, são frutos do contexto socio-histórico e se relacionam com os variados discursos presentes na sociedade, entre eles os documentos oficiais, as teorias linguísticas e de ensino e o próprio público a quem se destina (docente e discente). Como resultado dessa análise, foi possível identificar uma mudança nas concepções teóricas e nas orientações legais que permeiam a disciplina ao longo dos quase cinquenta anos que distanciam as duas obras, tais alterações interferiram na construção dos livros didáticos. Embora haja muitas mudanças (tanto visuais como estruturais), é possível afirmar que os livros didáticos de português ainda apresentam pontos de permanência que o atrelam ao ensino tradicional.
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