Este trabalho apresenta os processos de planejamento, montagem e mediação da exposição que integraram ensino, pesquisa e extensão, tendo como foco de divulgação científica a vida e a obra de Levi. Apresentamos alguns elementos sobre divulgação científica e a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão; trazemos aspectos sobre a rica e plural experiência de Levi; descrevemos as ações indissociadas de ensino, de pesquisa e, principalmente, de extensão; por fim, discutimos alguns resultados dessa ação integradora e extensionista. Concluímos que o hibridismo de Levi inspirou uma efetiva integração entre Ciência, Literatura e Direitos Humanos, bem como uniu e articulou atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Resumo Alguns estudos da área de Educação em Ciências defendem a inserção de textos literários nas aulas de Ciências em função de uma suposta motivação que eles provocariam nos estudantes. Neste artigo, de natureza teórico-empírica, temos o objetivo de defender que a categoria de motivo supera por incorporação as preocupações com a motivação destacadas por algumas pesquisas em Educação em Ciências que tratam da relação entre Ciência e Literatura. Para tanto, partimos de uma revisão bibliográfica sistemática do materialismo histórico-dialético e da psicologia histórico-cultural para explicitar que a motivação é um processo psicopedagógico complexo e que tal complexidade não é levada em consideração por alguns estudos da área. Defendemos que a categoria de motivo supera por incorporação essa noção de motivação. Argumentamos que, para além de motivar o aluno por meio dos livros, como proposto pela área de pesquisa, é preciso criar motivos para migrar desse objeto para o conhecimento dos conteúdos científicos.
A literatura é pouco presente na Educação em Ciências, principalmente, nos contextos dos estágios curriculares das licenciaturas. Apostamos na perspectiva da formação omnilateral, trazida pela Pedagogia Histórico-Crítica, e na obra A Tabela Periódica de Primo Levi, um químico e escritor que foi fruto dessa formação, para promover esse mesmo modelo formativo em duas experiências de estágio na Licenciatura em Química. A primeira aconteceu em um estágio em uma escola que possibilitou às estagiárias-orientadoras desenvolver pesquisas com alunos do Ensino Médio que se articulam de forma interdisciplinar; a segunda, em um estágio supervisionado que permitiu aos estágiários conhecer espaços não-formais que divulgam a química e construir uma exposição articulando química, arte, filosofia e direitos humanos. Entendemos que as experiências de formação omnilateral aqui relatadas contribuem para ampliar a reflexão a respeito das aprendizagens possibilitadas e potencializadas no âmbito da formação inicial de professores de química.
O presente artigo, de natureza teórico-conceitual, busca interpretar elementos da concepção de ciência nos principais filósofos da ciência adotados por nossa área de pesquisa em disciplinas, eventos e debates sobre história e filosofia da ciência. São eles: Comte, Popper, Lakatos, Kuhn, Bachelard e Latour. Nossa análise tem esteio em categorias do materialismo histórico-dialético. Elegemos um acervo composto pelas principais obras dos filósofos, artigos de pesquisadores da área de Educação em Ciências que os apresentam e sintetizam suas ideias e trabalhos críticos de marxistas sobre os filósofos. Expomos nossas análises em duas partes: a primeira, de natureza ontológica, traz discussões sobre concepções de realidade; a segunda, de natureza epistemológica, aborda questões sobre o modo como se conhece a realidade. Quanto ao aspecto ontológico, as ideias são marcadas por diferentes tipos de idealismo, que são resultado da primazia da lógica formal. Nas discussões epistemológicas, identificamos a supervalo-rização do sujeito no reflexo científico, em que o universal é entendido como produto da consciência cognoscente e não uma categoria objetiva do real. Pautados no materialismo histórico-dialético, defendemos que a realidade existe apesar de nossa consciência, que é possível conhecê-la, que a ciência configura-se como uma conquista do gênero humano e que isso corrobora sua presença na educação escolar.
A tabela periódica, obra literária do químico e escritor italiano Primo Levi, vem sendo objeto de estudos que articulam ciência e arte/literatura. Identificamos nesses e em outros trabalhos focados nessa relação duas lacunas importantes que trabalhamos neste artigo: não se apoiam em referenciais de interpretação estética; abordam essa relação destacando as suas similaridades ou diferenças. Este trabalho, de natureza teórico-conceitual, parte da análise da obra de Levi com o objetivo de compreender as relações entre ciência e arte por meio das categorias lukacsianas de reflexo, particular, antropomorfização e desantropomorfização. Assim, procuramos apresentar novas perspectivas nas associações entre ciência e arte, evitando reducionismos. Identificamos a relação do homem com o trabalho do químico como fio condutor dos capítulos da obra. Defendemos referenciais teóricos estéticos para melhor compreender a relação entre ciência e arte, além de apresentar algumas implicações para a Educação em Ciências a partir da discussão das lacunas.
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