Resumo O presente trabalho objetivou investigar os sentidos atribuídos à saúde por homens da cidade de Natal/RN, em dois contextos: uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de um bairro de classe média e uma Unidade de Saúde da Família (USF) de um bairro popular. Metodologicamente, realizamos entrevistas semiestruturadas junto a 24 homens, sendo 12 de cada serviço, com faixa etária de 25 a 59 anos, abordados nas unidades de saúde de cada bairro. A análise dos dados deu-se a partir da perspectiva de Spink (2000), e Spink e Frezza (2000) e Spink e Medrado (2000), no tocante às práticas discursivas e os estudos de gênero. Os dados encontrados acompanham a tendência de estudos já realizados no campo, especialmente ao identificar como as posições sociais de gênero conformam os sentidos que os homens investigados construíram em relação à saúde, atribuindo a esta a importância de proporcionar as condições de exercício de uma masculinidade voltada para o provimento do lar e da família. Houve diferença acerca dos sentidos sobre a resolução de problemas de saúde no tocante aos serviços investigados: a maioria do grupo da UBS apontou para pouca resolutividade, gerando sentidos de ineficácia do serviço. Na USF, os sentidos apresentaram uma positividade em relação ao serviço, que julgamos ter relação com a natureza da Estratégia de Saúde da Família. Finalmente, identificamos como a busca pelos serviços de saúde no nível de atenção básica é limitada, fato que segue os estudos de que os homens buscam os serviços de saúde quando esta se encontra demandando atenção especializada. Concluímos que a PNAISH pode ter uma importante contribuição na medida em que se efetive como política de saúde, sensibilizando a toda a rede de atores e serviços envolvidos na busca por novos sentidos e práticas em torno da relação gênero-saúde.
A Ata da Defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da Unidade. 2018Agradecimentos Inicio este texto dizendo que em momento algum o trabalho foi realizado apenas por mim. Todo o trajeto, desde muito antes do início do mestrado, foi transpassado por corpos e coisas a dançarem experiências no caminhar deste corpo que escreve. Infinitos corpospalavras foram enunciados de bocas, peles, livros, sarjetas e coreografias para atravessarem meus poros de corpo-pesquisadora, formando tormentas de questionamentos e vontades a impulsionarem-me.Aos corpos invisíveis, agradeço as vibrações espirituais de força e fé que acalentaram as angústias de meu peito mesmo nos momentos em que apenas imensidão e vácuo de dores pareciam existir. Agradeço também por terem oferecido o primeiro incentivo para que eu retomasse a caminhada em pesquisa.Aos corpos familiares, familiares não apenas por laços consanguíneos, mas por serem o filtro de amor e força que conheço para atravessar e ser atravessada pelo mundo.Por serem meu refúgio e fortaleza a todo momento, meu lugar de familiaridade primeira com o mundo. Meus tios, Sandra e Vagner e primas Ana Carolina e Gabriela. Eu literalmente não sei o que teria sido essa vida de tropeços se não fossem vocês a me acolher. Núcleo familiar, miolo do pão, a parte que dá corpo às cascas externas, preenchimento; caroço da fruta, a semente nutrida e pronta para brotar em árvores para outros frutos.Agradeço ainda à minha avó Maria Aparecida, corpo em força de mulher que por anos lutou por nossa sobrevivência. Também aos meus avós Maria Helena e Benedito (in memorian), amado porto de segurança que sempre me foram.Também como corpos invisíveis, presentes em imagens potentes que se desdobram em amor e força, agradeço a meus pais, Lia (in memorian) e Wagner (in memorian), por sempre cuidarem das coreografias de vida que escolhi traçar, mesmo depois de partirem, pois os atravessamentos de ternura e amor que emanaram deixaram ninhos de nós em meu corpo que se emaranham cada dia mais. Dos corpos familiares, carrego comigo também aqueles aos quais escolhi para tanto.Iniciando com o corpo que todos os dias se familiariza mais e mais ao meu, a Felipe, meu companheiro de vida e parceiro em pesquisa, agradeço profundamente. Todos os dias pesquisamos juntos brotares de existência a dois e, neste último ano, você impulsionou infinitamente meu trabalho de pesquisa como corpo-pesquisadora não só em mestrado, mas em existência, em ser mulher. Quanto mais tempo passamos juntos, mais você me brota em amor e luta cotidiana; agradeço enormemente nossa junção de corpos.Pensando um pouco mais sobre a família que escolhi, volto-me aos amigos queridos que me acompanharam e fortaleceram desde muito antes da empreitada mestrado, agradeço a todos. Ainda assim, destaco aqueles que durante este período específico estiveram extremamente presentes, fornecendo todo calço e alavanca de que este corpo precisava para manter-se em movimento pelo espaço. ...
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