O risco de contaminação por SARS-Cov-2 em pacientes com câncer é alto devido à imunossupressão. O objetivo do estudo é investigar evidências que demonstrem as necessidades de tratamento relacionados às principais doenças que se manifestam na cavidade bucal e também, os fundamentos que suportam os protocolos de atendimento odontológico em pacientes com câncer durante a pandemia de COVID-19. Foram pesquisados artigos publicados nas bases de dados Lilacs, PubMed, Scopus e Web of Science. Os artigos incluídos foram apresentados na língua inglesa e abordaram o risco e associação entre COVID-19, câncer e suas complicações orais, com recomendações para manejo e tratamento desses pacientes durante o período de pandemia. Além disso, também foram incluídos estudos sobre complicações orais decorrentes da terapia antineoplásica. 386 estudos sobre câncer, COVID-19 e atendimento odontológico foram considerados no banco de dados. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos 45 artigos. Além dos artigos envolvendo COVID-19, foram incluídos 31 artigos envolvendo complicações orais da terapia antineoplásica e possíveis associações entre câncer e cavidade oral. Os resultados revelaram que as principais doenças bucais nos pacientes com câncer foram mucosite, xerostomia e doença periodontal. As complicações bucais podem estar relacionadas a uma pior evolução do COVID-19. Para o manejo das complicações bucais, o cirurgião dentista deve estar incluído na equipe de interdisciplinar para desenvolver estratégias de prevenção e promoção de saúde bucal. A assistência odontológica é crucial para prevenir e tratar lesões orais decorrentes do tratamento do câncer que podem afetar o prognóstico da COVID-19.
O objetivo deste artigo foi revisar a literatura em busca de possíveis inter-relações entre as alterações epigenéticas no câncer e na doença periodontal, alertando sobre uma potencial plausibilidade biológica. Para isso, realizou-se uma revisão narrativa da literatura por meio de uma pesquisa nas bases de dados LILACS, PubMed e SciELO pelos descritores “Epigenetic AND Periodontal disease”, “Epigenetic AND Oral cancer”, e “Epigenetic AND Periodontal disease AND Oral cancer”. A partir dessa busca, foram selecionados 56 artigos sobre o tema. As evidências científicas demonstram que a inflamação crônica ocasionada pela presença das bactérias periodontopatogênicas no biofilme dental é capaz de produzir modificações epigenéticas, como metilação do DNA e modificações de histonas. Essas alterações podem inibir genes supressores de tumor e ativar oncogenes, que contribuem para o desenvolvimento e a progressão do câncer de boca. Portanto, há indícios de que o mecanismo fisiopatológico envolvido nas alterações epigenéticas no câncer e na doença periodontal são semelhantes. Conclui-se que existe uma relação positiva entre essas duas doenças, sugerindo que a doença periodontal pode ser um potencial fator de risco para o câncer de boca.
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