Brasil RESUMO O objetivo que norteia o presente artigo é desenvolver uma reflexão sobre o "olhar" que o escritor paraense Abguar Bastos Damasceno (1902-1995) lança sobre a Amazônia acreana, no romance "Certos Caminhos do Mundo" (1936). Na narrativa da obra em questão, a cidade de Rio Branco aparece dividida pelo Rio Acre, em duas faces antagônicas: de um lado, Empresa e, do outro lado, Penápolis. Empresa caracterizada como o lugar do vício e Penápolis, local da virtude. No idealizado cenário dessa dupla cidade e da Amazônia acreana sonhada pelo autor, as histórias de Solon, filho do coronel João Gonçalves, e Rubina, uma prostituta negra, irão se entrelaçar. É também entre o vício e a virtude que Abguar Bastos tece a trajetória de outros personagens, marcados, física e moralmente, pelo "estribilho dos falhados e dos sofredores": o Acre. A partir de uma visão determinística, tais personagens surgem aos olhos e subjetividades dos leitores como seres degradados e condenados ao sofrimento no "abismoso reino da solidão". PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Amazônia Acreana. Representação. Discurso. Identidade. A floresta com seus seres em "estado de selvageria"; o rio com sua "ira implacável", "revolto", "violento"; a cidade com suas "casas toscas", "homens rudes", "bêbados", "carentes de civilização". A floresta, o rio e a cidade têm acompanhado a percepção de diferentes poetas, músicos, romancistas, jornalistas, viajantes e outros escribas em representações sobre a Amazônia acreana. A rigor segue-se o mesmo repertório delineador de uma "Amazônia inventada", na formulação de Neide Gondim (1994), como um singular e primitivo mundo sem cultura e sem história.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre narrativas de viajantes de ciência pela Amazônia do século XIX tendo como referência as questões sobre autoria desenvolvidas por Michel Foucault. Dividido em duas partes, busca-se primeiro apresentar o pensamento de Foucault, cuja análise de textos pretende ir além do recorte de autor e obra. Em um segundo momento, apresenta-se uma breve discussão sobre percursos historiográficos de publicações de narrativas de viajantes de ciência enfatizando não a autoria, mas a “função autor” que age como instância discursiva ou instrumento de regramentos de discursividade sobre o quê e o como pode ser dito. Do mesmo modo, em se tratando de discursos de ciência, os elementos da técnica, especialmente a catalogação de espécimes da fauna e flora amazônica, bem como o papel das instituições de pesquisa na produção e circulação de relatos de viajantes de ciência são apresentados como princípios norteadores de uma análise dos mecanismos que produzem e legitimam um discurso de autoridade.
RESUMO Com o presente ensaio tem-se o objetivo de pontuar reflexões sobre a constituição de uma prática intercultural mediada pela linguagem no ensino de línguas na escola de educação básica. A reflexão centra-se nas questões de identidade e alteridade no ensino de línguas, considerando o papel relevante desse debate durante o processo de formação inicial. A partir do conceito de interculturalidade de Catherine Walsh (2011, 2009) e pensando a diferença na escola como parte de uma visão não excludente ou dicotômica da igualdade e da diferença de Vera Candau (2012), propõe-se um repensar do papel do "professor de língua estrangeira", e do próprio professor, com vistas à promoção de relações dialógicas entre línguas/culturas e entre professores e alunos.
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