Investigamos a vivência do pós-parto domiciliar pela mulher a partir de sua percepção acerca dos sentimentos, mudanças e situações desse período. Numa abordagem qualitativa, entrevistamos oito puérperas, entre o 15º e o 30º dias de pós-parto, atendidas nas consulta de enfermagem de revisão puerperal numa Unidade Básica de Saúde (UBS/SMS/RJ). A técnica utilizada na análise foi a de Análise de Conteúdo, na qual emergiu as seguintes categorias: Atendimento das expectativas, Situação das Relações Interpessoais, Situação da Relação Intrapessoal (sentimentos e sensações; relação com o corpo). Constatamos que as depoentes vivenciaram o pós-parto com satisfação, porém identificamos também uma desvalorização do ser mulher e do autocuidado em prol da atenção ao recém-nascido. Percebemos a importância da participação familiar no processo maternal e a realização de um acompanhamento pós-parto que aborde os reais sentimentos desse período, o resgate da autonomia sobre si mesmas e outros aspectos da subjetividade das puérperas.
Diante da relevância e particularidade da violência na restrição ao exercício da cidadania das adolescentes em situação de rua e na vulnerabilização à sua saúde, o objetivo do estudo foi compreender a problemática da violência vivida pelas mesmas na ótica dos profissionais cuidadores de abrigo. Trata-se de pesquisa qualitativa do tipo descritivo, cujos dados foram produzidos através de entrevistas junto aos profissionais cuidadores de um abrigo para adolescentes da rede municipal do Rio de Janeiro-RJ em 2008. Os depoimentos foram interpretados à luz da análise de conteúdo, resultando em quatro categorias que explicitam a visão dos profissionais acerca dos tipos de violência vividos pelas adolescentes: violência coletiva, violência juvenil, violência familiar e violência de gênero. Concluindo, os profissionais cuidadores do abrigo compreendem a problemática da violência vivida pelas adolescentes em situação de rua de forma ampliada e apresentam algumas inter-relações e concomitância dos vários tipos de violência, configurando a complexa trama da violência que atravessa marcadamente as vidas dessas adolescentes. Descritores: Violência contra a mulher; Menores de rua; Adolescente institucionalizado.
RESUMO: As adolescentes em situação de acolhimento não fogem aos rótulos de adolescente; porém, tendo em vista seu contexto, têm maior vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis (DST). Objetivou-se analisar as situações de vulnerabilidade na saúde sexual de adolescentes em situação de acolhimento. É um estudo qualitativo, descritivo-exploratório. Os cenários foram duas unidades de acolhimento do município do Rio de Janeiro. A amostra reuniu 10 adolescentes, entre 13 e 18 anos. Foi utilizada entrevista narrativa, realizada entre junho e setembro de 2014. Aplicou-se a análise temática aos depoimentos. Surgiram duas categorias: A violência no namoro como vulnerabilidade à saúde sexual de adolescentes; e O corpo da adolescente e sua sexualidade: a baixa autoestima como fator de vulnerabilidade. A dificuldade das adolescentes em apontar estratégias de credibilidade e empoderamento retratam um contexto de submissão, subjugação e privação. As adolescentes precisam ser identificadas como sujeitos de direitos e capazes de decidir pela sua própria vida. Palavras-Chave: Saúde do adolescente; adolescente institucionalizado; vulnerabilidade; saúde sexual.ABSTRACT: Adolescent girls in care are no exception to the labels commonly applied to teenagers, but because of their context are more vulnerable to STDs. This qualitative, descriptive, exploratory study examined situations of vulnerability in the sexual health of adolescents in care. The scenarios were two reception units in Rio de Janeiro city. The sample comprised 10 adolescents from 13 to 18 years old. Data were collected between June and September 2014 using narrative interviews, and treated by thematic analysis. Two categories emerged: violence in dating as vulnerability in adolescents' sexual health; and the teenager's body and her sexuality: low self-esteem as a factor in vulnerability. The girls' difficulty in pointing to strategies for credibility and empowerment portrayed a context of submission, subjugation and deprivation. Adolescent girls need to be identified as subjects of rights and capable of deciding on their own lives. Keywords: Adolescent health; institutionalized adolescents; vulnerability; sexual health. RESUMEN: Las adolescentes en situación de acogida no dejan de ser los típicos adolescentes pero, debido al contexto, son más vulnerables a las Enfermedades sexualmente transmisibles (EST). El objetivo fue analizar las situaciones de vulnerabilidad en la salud sexual de adolescentes en situación de acogida. Se trata de un estudio cualitativo, descriptivo y exploratorio. Los escenarios fueran dos unidades de acogida en Río de Janeiro. La muestra reunió a 10 adolescentes con edades entre 13 y 18 años. Se ha utilizado una entrevista narrativa, realizada entre junio y septiembre de 2014. Se utilizó el análisis temático de las declaraciones. Surgieron dos categorías: La violencia en el noviazgo como la vulnerabilidad a la salud sexual de adolescentes; y El cuerpo de la adolescente y su sexualidad: la baja autoestima como factor de vulnerabilidad. ...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.