Transtornos mentais comuns causam prejuízos à vida social e acadêmica de estudantes universitários. Este estudo teve como objetivo levantar as prevalências de sintomas de Transtornos Mentais Comuns de estudantes de graduação de uma universidade pública, avaliando variáveis relacionadas ao gênero, à área e ao curso. Trata-se de pesquisa quantitativa de corte transversal e caráter descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumento online, composto por questionário sociodemográfico e pelo Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Participaram da pesquisa 7.177 estudantes (62,1% mulheres, 37,6% homens, e 0,3% não declararam, M idade = 25,6 anos) de 77 cursos de uma universidade federal. Os resultados indicaram prevalência de 71,52% de sintomas de Transtornos Mentais Comuns. Mulheres apresentaram piores indicativos de saúde mental. Das áreas de curso, os Bacharelados Interdisciplinares obtiveram maiores prevalências de Transtornos Mentais Comuns (76,2 %). Tais achados indicam a necessidade do desenvolvimento de programas de atenção à saúde mental estudantil.
Os problemas de saúde mental entre os estudantes universitários ganharam grande visibilidade nos últimos anos. No entanto, ainda são escassos estudos que investiguem uma eventual relação entre o adoecimento mental de estudantes e aspectos da vida acadêmica. Diante dessa lacuna, este estudo tem como objetivo principal investigar a relação entre dimensões de integração ao ensino superior e sintomas de Transtornos Mentais Comuns em estudantes de graduação de uma universidade pública federal. Participaram da pesquisa 7.177 estudantes, que responderam questionário online contendo questões sociodemográficas, medidas de uma escala de integração ao ensino superior, e um instrumento de rastreio de sintomas de Transtornos Mentais Comuns SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire). Os resultados indicaram haver correlações entre fatores de integração social e acadêmica com sintomas de Transtornos Mentais Comuns. O modelo formado por dimensões acadêmicas e fatores psicossociais apresentou poder preditivo de 36,7%. O fator motivação para estudar apresentou o maior poder preditivo (β = -,303; t = ; p < 0,01), seguido de satisfação com desempenho (β = -,191; t = -16,807; p < 0,01); . Tais achados reforçam a necessidade de que as instituições de ensino superior atuem na promoção de saúde mental dos seus estudantes.
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