No presente artigo, apresentam-se os resultados preliminares de um estudo pautado na leitura do processo de construção do instrumento astrolábio náutico, descrito por Simão d’Oliveira, em seu tratado intitulado Arte de Navegar, publicado em 1606, com vista a contemplar algumas potencialidades didáticas para o ensino de Geometria. Levanta-se a hipótese de que, por meio da leitura do processo de fabricação do astrolábio náutico, associado a uma organização de ensino – baseando-se na articulação entre o contexto dos conceitos matemáticos que emergem do documento histórico original e o movimento do pensamento, atrelado à formação dessas concepções –, pode-se conduzir o aluno, em sala de aula, de maneira profícua para o desenvolvimento do processo de análise e síntese, de suma importância à formação conceitual. Desse modo, verificamos que, pela descrição do processo de construção do instrumento náutico, foi possível explorar alguns conhecimentos geométricos oriundos de algumas ações da descrição da fabricação do instrumento, como os conceitos de circunferência, diâmetro, mediatriz, ângulos, quadrante, perpendicularidade, graus, dentre outros.
No decorrer dos anos, os professores de Matemática buscam métodos que os auxiliem a superar obstáculos e dificuldades relacionados ao ensino e a aprendizagem da referida disciplina em sala de aula. O uso das tirinhas no âmbito escolar, surge, então, como uma proposta didática, pois possui um grande potencial na construção de conhecimentos e em uma melhor absorção dos conceitos matemáticos pelos estudantes. Além disso, as tirinhas podem ofertar diversos benefícios ao ensino de matemática, uma vez que a junção da imagem e do texto podem favorecer de forma atraente a transmissão e a discussão de conceitos específicos da Educação Básica. Deste modo, o artigo tem o intuito de apresentar uma orientação didática para o ensino de Aritmética a partir do problema “o nosso encontro com um rico xeque” contido no livro O Homem que calculava, de Malba Tahan, utilizando tirinhas. Para alcançar esse objetivo, utilizou-se uma metodologia qualitativa de cunho descritivo, que resultou na construção da orientação didática. Assim, concluímos que as tirinhas podem ser incorporadas às aulas de matemática, promovendo reflexões e discursões acerca dos conteúdos matemáticos, bem como, fomentando o incentivo e hábito da leitura para os estudantes, empreendendo reflexões com base em situações que envolvam elementos do dia a dia dos alunos da Educação Básica.
A Unidade Básica de Problematização (UBP) é uma metodologia ativa, pautada em atividades aplicadas por meio de um flash de memória discursivo; o qual descreve uma prática sociocultural num campo da atividade humana, sendo eleito como um objeto de problematização disciplinar. Deste modo, o objetivo do estudo foi discutir a aplicação de uma UBP para o ensino de Matemática que visou mobilizar conhecimentos geométricos durante o processo de leitura da construção do instrumento astrolábio náutico contido no tratado Arte de Navegar (1606), ministrada em uma turma de licenciandos em Matemática da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Como metodologia, foi utilizado os preceitos de uma abordagem qualitativa, pautada em um estudo de caso utilizando-se uma metodologia ativa, a UBP. Concluímos que após aplicação da atividade foi possível pelos licenciando em Matemática da UECE mobilizarem conhecimentos geométricos, tais como; conceito de diâmetro, circunferência, quadrante, ângulo reto, graduação utilizando o teorema de Tales, durante o processo de leitura da construção do instrumento.
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