O objetivo do presente texto é destacar as contribuições de ativistas e intelectuais negras para o movimento antirracista brasileiro. São apresentados três elementos para pensar esse processo: primeiro, a forma como algumas pensadoras negras compreenderam a dinâmica racial brasileira; segundo, como elas problematizaram o lugar da mulher negra na sociedade brasileira; e em terceiro lugar, discute-se como elas atuaram na construção de ações específicas de enfrentamento do racismo. Para se alcançar a questão proposta, faz-se referência à algumas produções de ativistas e intelectuais identificadas à primeira geração do feminismo negro contemporâneo brasileiro.
Objetiva discutir alguns aspectos do processo de implantação de políticas de ação afirmativa, por meio do sistema de cotas para estudantes negros aprovado no ano de 2006, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Para o desenvolvimento da pesquisa, além de levantamento bibliográfico e coleta de dados quantitativos, foram realizadas entrevistas abertas com dois dos principais sujeitos envolvidos na aprovação do sistema: o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) e a Pró-Reitoria de Ensino/UFMA. As noções de racismo, raça e ações afirmativas são centrais nas reflexões aqui apresentadas. Ao final, sinaliza que a adoção de políticas de ação afirmativa requer inúmeras transformações nos ambientes em que se instalam, pois a sua aprovação, por mais “consensual” que seja, não garante a efetivação dos seus objetivos.
Brazilian Black feminism has changed and grown more influential and diverse in the past two decades. One of the major challenges is to understand what these changes mean for women’s agency in the different contexts in which they emerge, both rural and urban. To examine the transformations of Black feminism in Brazil, this article investigates three generations of activists over the periods of re-democratization, democratic expansion and crisis of democracy, bringing focus to Black women in the quilombola movement, young Black feminists on the Internet and intersectional feminism. The article analyses traditional and new activist networks that claim multiple identities for themselves, as well as public status as collective action strategies to seize traditional spaces for political activism, grounding themselves in feminism and anti-racism against the multiple forms of oppression in urban and rural spaces.
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