Objetivo Adaptar para o Brasil uma versão portuguesa do Caregiver Reaction Assessment (CRA) e gerar indicadores preliminares de validade e fidedignidade para sua aplicação em cuidadores de pacientes oncológicos internados. Métodos Participaram voluntariamente 53 cuidadores, que responderam a um questionário sociodemográfico, ao CRA e à Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP). A unidimensionalidade e a homogeneidade dos escores do CRA foram avaliadas por meio de análise de componentes principais e de consistência interna, respectivamente. Correlações de Pearson entre escores do CRA e EBEP foram examinadas e utilizadas como indicadores de validade divergente e de construto. Resultados As cinco escalas que compõem o CRA apresentaram bons níveis de unidimensionalidade e homogeneidade, porém as escalas de impacto nas finanças e impacto na saúde obtiveram alfas insuficientes (< 0,7). O escore total do CRA apresentou alfa elevado (0,886). Correlações entre o CRA e a EBEP produziram coeficientes teoricamente interpretáveis, com magnitudes variando entre nulas e moderadas. Conclusão O CRA apresentou bons indicadores de validade e fidedignidade. Algumas adaptações em relação ao conteúdo de determinados itens se mostram, todavia, necessárias, a fim de serem calibradas ao contexto de pessoas atendidas por serviços subsidiados pelo Sistema Único de Saúde.
Resumo. O presente estudo visou contribuir para o entendimento da relação entre temperamento e o cuidado de pacientes oncológicos por meio do exame da prevalência de tipos temperamentais e a das associações destes com medidas de bem-estar psicológico e percepção de sobrecarga em uma amostra de cuidadores principais de pacientes oncológicos internados. Participaram do estudo 53 cuidadores (45 mulheres) que responderam voluntariamente a questionários que avaliavam indicadores sócio-demográficos, temperamentais e pertinentes ao bem-estar psicológico e à sobrecarga relacionada ao cuidado do paciente. Os resultados mostraram maior prevalência de temperamentos estáveis entre os cuidadores avaliados (56,6%) e que os tipos estáveis apresentaram associações positivas com bem-estar psicológico e percepção de sobrecarga relacionada ao cuidado de pacientes (t > 2,0; p < 0,05). Cuidadores com temperamento estável apresentam melhores indicadores de ajustamento psicológico, e o temperamento parece ser uma variável importante na designação da pessoa que assumirá o papel do cuidador principal do paciente oncológico.Palavras-chave: temperamento, cuidador principal, pacientes oncológicos, bem-estar psicológico, avaliação psicológica.Abstract. The current study aimed to advance on the understanding of the relationship between affective temperaments and the care of cancer in patients by examining the prevalence of temperament types and the asso-Temperamento afetivo e o cuidado de pacientes oncológicos internados: repercussões para o bem-estar psicológico e percepção de sobrecarga Affective temperament and the caretaking of cancer inpatients: Implications to psychological wellbeing and perceived burden Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
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