Apesar do volume de estudos sobre os processos de internacionalização de empresas, existem discussões sobre a adequação das teorias disponíveis ao contexto atual, em especial ao fenômeno crescente da internacionalização de pequenas empresas. Alguns estudos sugerem que os modelos clássicos são insuficientes para compreender a internacionalização de pequenas empresas e apontam que elementos como o caráter gradual da internacionalização, a distância psíquica e redes de relacionamento diferem e precisam ser estudados de forma mais aprofundada. Assim, este artigo buscou realizar um estudo de caso em uma pequena empresa brasileira de tecnologia que está se internacionalizando para a Austrália. A empresa pode ser caracterizada como uma born global. Indo ao encontro da literatura, foi evidenciada a importância do empreendedor e das networks. Foi observado que a network teve contribuição decisiva para reduzir a distância psíquica e, também, que sua internacionalização levou à aquisição de novos recursos relevantes para seu funcionamento.
O estudo investigou motivações de consumidores para adotar a simplicidade voluntária e os impactos causados em suas vidas. Durante dez meses, foram acompanhados os debates de um grupo sobre o tema no Facebook e conduzidas treze entrevistas em profundidade com participantes do grupo. Através de análise de conteúdo, surgiram evidências de que as principais motivações para a adoção da simplicidade voluntária são de natureza pessoal, levando a mudanças que afetam ocupação profissional, moradia, transporte, alimentação, consumo e descarte de bens, organização pessoal e consciências ecológica e social. Diversos benefícios da adoção da vida simples foram apontados, além de algumas consequências negativas para a vida dos adotantes. São oferecidas proposições decorrentes do estudo para orientar pesquisas futuras. The study investigated consumers' motivations for adopting voluntary simplicity and the impacts it caused on their lives. For ten months, discussions on a
O propósito deste trabalho foi estudar a visão dos estudantes de administração sobre o ensino da responsabilidade social corporativa (RSC) nos cursos de graduação. Foi feita uma revisão de literatura que abordou o conceito de RSC e suas dimensões, bem como sua inserção no ensino superior de administração. Em seguida, foram realizadas 30 entrevistas em profundidade com alunos de administração do Rio de Janeiro próximos ao período de formatura. Os resultados mostraram que os entrevistados se preocupam com o tema e consideram a RSC importante. Muitos avaliaram que o espaço dado ao tema na graduação é insuficiente e que o assunto é abordado de forma superficial. Vários declararam ter aprendido mais sobre RSC em meios externos, como revistas, jornais, trabalho. Confrontando-se os conhecimentos dos entrevistados com a literatura, observou-se uma visão limitada da RSC. Verificouse que os entrevistados têm dúvidas e questionamentos sobre RSC, essencialmente relativas ao próprio conceito e à sua aplicação na prática da administração. De modo geral, os resultados sugerem que os entrevistados estão sensibilizados para o tema. Mais que teoria, porém, eles desejam saber como a RSC pode ser posta em prática dentro das organizações. O final do trabalho traz recomendações às instituições de ensino e sugestões para futuras pesquisas.
Este estudo adotou um método histórico qualitativo de pesquisa em marketing, para entender as diferentes visões expressas nos anúncios publicitários dirigidos aos consumidores de terceira idade na primeira década deste o século. A análise visa contribuir para o processo de interpretação do funcionamento da promoção de produtos e serviços direcionados a esse segmento. Os resultados mostram que existe uma mudança nas estratégias de comunicação dos anúncios publicitários e dos tipos de produtos dirigidos ao consumidor de terceira idade ao longo do período estudado.
A sociedade contempornea foi chamada de Sociedade do Consumo ou Sociedade dos Consumidores (Baudrillard, 1995; Bauman, 2008; Rochefort, 1995). Uma das premissas dessa cultura do consumo o acmulo de bens materiais como fonte de realizao e felicidade. Vrios estudos apontam, porm, que, uma vez atendidas as necessidades essenciais, o sentimento de ser feliz no cresce com a elevao dos nveis de consumo (Bauman, 2008; Shankar et al, 2006). Uma das reaes insatisfao com as promessas no alcanadas da cultura do consumo a resistncia ao consumo. O objetivo deste trabalho contribuir para os estudos sobre anticonsumo, buscando aprofundar o conhecimento sobre um grupo resistente a um determinado tipo de consumo: o de carne vermelha. Realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa baseada em entrevistas em profundidade com pessoas que no consomem carne vermelha. Os resultados permitiram identificar dois subgrupos de anticonsumidores. O primeiro obedece a motivaes pessoais, como rejeio ao sabor da carne ou preservao da sade. So pessoas que simplesmente no consomem por uma questo de escolha individual ou necessidade mdica. J as pessoas que pertencem ao segundo grupo obedecem a motivaes variadas, que compreendem desde questes de sade at aspectos filosficos e religiosos, bem como preocupaes sociais e ambientais. Vrias relataram adotar outras prticas de restrio de consumo voltadas para o respeito ao planeta e aos animais. Esse resultado sugere que h um parentesco entre a resistncia ao consumo de carne e o anticonsumo voltado para a preservao do planeta.DOI: 10.5585/remark.v12i3.2335
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