A baixa disponibilidade no mercado de sondas multiparâmetros de baixo custo que permitam a coleta de dados e acesso aos seus resultados em tempo real remotamente levou ao desenvolvimento dessa pesquisa. Este trabalho apresentou uma contribuição na criação e implementação de um sistema integrado (hardware e software), batizado de Polypus, que se baseia na análise de águas superficiais através do uso de sensores de temperatura, pH, salinidade, eletro condutividade, oxigênio dissolvido e sólidos totais dissolvidos em plataforma microcontroladora, visando sua aplicação em um sistema hídrico para avaliação dos resultados em suas variações temporais e espaciais. Para atender a proposta primeiramente foi criado um protótipo de um sistema integrado dotado de sensores fabricados pela empresa Dfrobot em plataforma Arduíno Mega. E por fim desenvolvido um programa para controle do sistema integrado bem como armazenamento/transmissão dos dados coletados. A pesquisa foi realizada em laboratório e as amostras das águas avaliadas provenientes da foz do rio Buranhém, do rio Mundaí e da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA). O Protótipo conta ainda em sua estrutura com módulo de transmissão de dados GSM SIM800L, módulo de armazenamento micro-SD, alimentação de duas baterias externas, um módulo sensor shield e visor LCD. Os dados foram obtidos a partir do protótipo Polypus e da sonda multiparâmetros Hanna HI 9828. Os resultados foram confrontados e por meio de comparação simples pôde-se verificar um comportamento análogo dos dispositivos, demonstrando que não houve diferenças significativas nos resultados. O custo obtido do protótipo foi de aproximadamente R$ 1.500,00 versus o custo de uma sonda multiparâmetros que é de aproximadamente R$ 10.500,00. Os resultados apresentados até o momento mostraram a confiabilidade no uso do protótipo desenvolvido a baixo custo nos projetos de análise ambiental.
Certamente que é impossível transcrever literalmente como Milton Santos iria analisar esse cenário de pandemia que estamos vivendo. Primeiramente porque ele deixou o nosso convívio em 2001. Segundo, não teríamos como adivinhar ou prever a sua reação tanto como intelectual quanto ser humano diante dessa fraqueza moral dos políticos em, mais uma vez, se distanciar do povo. Todavia, para quem conhece a obra de Milton Santos e a sua postura crítica diante de crises com essa dimensão global, é possível sinalizar que ele diria que ainda vivemos num país distorcido repleto de espaços divididos. Ficaria indignado com a continuidade de um modelo administrativo que replica em nosso território ações descoladas de nossas características sociais, ambientais e econômicas, sobretudo, nessa pandemia. Este ensaio selecionou parte do pensamento de Milton Santos com o objetivo de produzir uma reflexão que contribua para decodificar a dinâmica atual imposta ao território pela Covid-19, e mostrando a necessidade de se pensar num reordenamento político-administrativo do Brasil.
O autismo ainda é um grande enigma para as famílias, médicos e pesquisadores. Ainda que as pesquisas sobre o assunto sejam a partir da década de 1940, os estudos sobre sua origem e tratamento se mostram inconclusos. O objetivo deste artigo foi unir a experiência de pai e o conhecimento geográfico para questionar a inserção do autista no território e ao mesmo tempo provocar o descobrimento de novos caminhos para esta inserção. Este artigo se ampara metodologicamente na observação do meu filho Pedro Cacique Silva de Cerqueira, ao longo dos seus nove anos de idade, análise de dados, e da pesquisa bibliográfica, produzindo uma ponte entre a Geografia e alguns estudos sobre o Transtorno do Espectro do Autista – TEA. Mesmo com todos os esforços, através da edição de leis, os governos em todas as escalas ainda não conseguiram oferecer às famílias dos autistas uma inserção justa no território. É preciso que as entidades públicas e privadas que constroem e fazem parte da infraestrutura do país diminuam a burocracia para proporcionar a mobilidade do autista pelo território.
Nas últimas décadas, as questões ambientais vêm ganhado grande destaque no Brasil. Isso ocorre por conta da intensificação da ação antrópica em ambientes naturais, que é motivado pelo aumento no consumo, o que, por sua vez, promove danos irreversíveis ao meio ambiente. Diante da necessidade emergente de mitigar esses danos, surgiram cursos de graduação e programas de pós-graduação na área de Ciências Ambientais com objetivo de propor soluções e/ou alternativas viáveis para redução desses impactos. Este artigo, tem como proposta apresentar um relato de experiência que identifica dificuldades de se implantar o caráter interdisciplinar num Mestrado em Ciências Ambientais. Assim, esta reflexão é fruto da experiência como professor, na convivência com discentes e orientandos, e construída teoricamente, tem por objetivo contribuir com o debate e melhoria na qualidade dos cursos tendo a interdisciplinaridade como busca para a excelência científica.
Certamente, que a cidade de Porto Seguro (BA) possui um valor incalculável no contexto histórico do país. Esta reflexão tem como objetivo principal contribuir com a decodificação de uma dicotomia estabelecida entre território e identidade dentro de uma escala local. A tentativa de invisibilização dos indígenas no território de Porto Seguro é uma ação contínua e acentuada pela globalização do turismo de massa; o que justifica a produção de pesquisas como a que gerou este artigo. Apesar deste cenário, a pesquisa concluiu que há uma resistência dos Pataxó e o engajamento de Instituições de pesquisa, como o Instituto Federal da Bahia em Porto Seguro, que produzem ações que impedem o processo total de invisibilidade desses povos tradicionais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.