Este trabalho articula reflexões teóricas dos atuais estudos da Comunicação com categorias balizadoras do pensamento do russo Mikhail Bakhtin (2002, 2010, 2011, 2015, 2016). Para isso, é analisado um fenômeno contemporâneo típico da chamada cibercultura: os memes de internet, constituídos por mensagens bem-humoradas e de estética amadora que circulam em sites de redes sociais e comunidades virtuais. Procura-se evidenciar, nesse tipo de mensagem, a essência de conceitos como dialogismo, heterodiscurso e carnavalização. Como proposta de operacionalização teórico-metodológica, é apresentada a análise de um vídeo paródico publicado na página de humor Goiânia Mil Grau, que abriga elementos discursivos que atuam na construção de sentidos sobre o que é ser goiano e goianiense.
O artigo apresenta uma análise comparativa entre a música folk da cultura popular e a música sampleada da cultura do remix. Com a popularização das tecnologias digitais, nota-se o ressurgimento da criatividade amadora a partir da apropriação de formas, presentes na tradição oral do folk, que assim como o sampleamento, questiona o conceito de autoria e valoriza a colaboração e o compartilhamento.
O Transtorno do Espectro do Autismo é uma categoria diagnóstica que, socialmente, se traduz na existência de uma comunidade formada por pessoas engajadas pelo tema e representação social de pessoas autistas. Com base nesta premissa, aproximamos os estudos críticos do autismo com os Estudos Culturais. A partir destas aproximações conceituais, propomos uma análise de capas de podcasts brasileiros sobre autismo presentes nas plataformas digitais a partir do modelo de análise cultural e as reflexões sobre como pensam as imagens, para observar as conjunturas envolvidas nos elementos das imagens, as questões políticas abordadas nos estudos críticos do autismo e suas representações midiáticas. Obtemos como resultados a percepção de que as capas de podcasts produzidos por autistas carregam diferenças culturais em relação àquelas produzidos por profissionais e especialistas em autismo.
As novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o Curso de Jornalismo, instituídas em 2013, trazem uma preocupação singular com a prática laboratorial no ensino de Jornalismo conjugada com a construção de um pensamento teórico crítico e transformador no âmbito das Ciências Humanas e Sociais. Presumem a formação de um profissional apto a enfrentar o mercado em mutação e um cotidiano marcado por conflitos sociais. Apoiando-se na perspectiva de alguns pensadores da área, como Del Bianco (2014) Kishinevsky (2014), Meditsch (2001) e Spenthof (1998, 2005), o objetivo do artigo é debater as possibilidades dessas experimentações por parte de estudantes de Jornalismo com públicos reais em laboratórios específicos de emissoras de rádio pública e de caráter educativo-cultural. As práticas orientadas nesses espaços se mostram profícuas na formação de um jornalista mais comprometido com a ética cidadã e o contexto social em que se encontra inserido. Ao mesmo tempo, tornam-se um significativo dispositivo pedagógico para as escolas de Jornalismo desenvolverem no campo empírico as teorias problematizadas em outros componentes curriculares.
O excesso de exposição a informação aliado a estratégia do jornalismo noticioso em fazer com que a audiência permaneça atenta a sua própria programação por meio de conteúdos com teor negativo tem fortalecido a sensação de desesperança do público com a realidade. Para tentar analisar este cenário, este artigo tem o objetivo de observar a dificuldade que o Jornalismo Noticioso tem para debater e aprofundar temas positivos, como a sustentabilidade, que exigem maior profundidade de produção e assim torná-los conteúdos acessíveis a um público com alcance ampliado e com maior poder de engajamento e conscientização. Um dos principais símbolos desta discussão é a Agenda 2030 e os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Partindo de um processo de conscientização a ser iniciado por veículos e profissionais da imprensa, até chegar ao público, é proposto a implantação de um modelo de produção noticioso baseado nos conceitos do Jornalismo Construtivo e do Slow Journalism.
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