No início de sua trajetória de pesquisas sobre o Brasil, Guerreiro Ramos reconhece a especificidade da questão racial. Desenvolve uma percepção e atividade crítica sobre ela no Brasil. Ao recusar as teorias raciais vigentes, pois estas, segundo ele, lidavam com pessoas, agentes sociais e não meros “objetos” do conhecimento, ele constrói uma visão emancipatória, voltada para a realização de uma democracia racial efetiva, autêntica e preocupada com a emancipação econômica nacional, quando ainda estava em disputa a internacionalização da economia brasileira nos anos 1950.
grupo de estudos vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no ano de 2021, ofereceu aos leitores brasileiros interessados na ciência social produzida na América Latina uma inestimável contribuição para o estudo do Estado na "região". Além de outros textos pontuais na forma de artigos e capítulos de livro publicados pelos seus membros, no referido ano foram lançados os livros: La cuestion del Estado en el pensamento social crítico latino-americano, organizado por Juan Camilo Arias Mejía e Leonardo Granato, publicado pela editora colombiana Ediciones UNAULA; e o livro de Leonardo Granato O Estado Latino-Americano: teoria e história, publicado pela Editora brasileira Expressão Popular. A resenha em tela versa sobre esse último livro.
Desde Platão o saber das humanidades reclama uma relação íntima para com os Príncipes e soberanos deste mundo. No caso de Mannheim, a situação é outra, mas o desfecho normativo parece semelhante ao que já havia dito o filósofo grego. Em face do relativismo, afirmando o condicionamento social das idéias, Karl Mannheim (1969) percebe as implicações políticas de seus pressupostos, levando-nos adiante para pensar a própria política. A multiplicidade de posições, interesses e perspectivas sociais fizeram o autor buscar nos intelectuais a solução para seus impasses teóricos e para a possibilidade de um controle racional da sociedade na forma de conciliação de interesses sociais. Neste artigo, apresentamos a concepção de política de Mannheim aliada aos pressupostos da sua sociologia do conhecimento. Embora, após severas críticas, o autor abandonou sua posição, nas palavras de Michel Lowy (1996), ela seria uma ?contribuição original e inovadora?.
Palavras-chave: Guerreiro Ramos. Pensamento social. Teoria do socialismo. Teoria das organizações. Palabras clave: Guerreiro Ramos. Pensamiento social. Teoría del socialismo. Teoría de las organizaciones.Mito e verdade da revolução brasileira (The Myth and Truth of the Brazilian Revolution) was published originally in 1963. Included in the dictatorship's index, it has become a little-known work, but it appeared in a new edition published by Editora Insular in 2016. It is a book that is part of the vast literature about the Brazilian Revolution. In it, Guerreiro Ramos expounds his thesis about the need for a Brazilian path to socialism, in opposition to the importing of revolutionary models from abroad. In conceptualizing the social phenomenon, he distinguishes revolution from analogous social phenomena such as coups, civil wars, and military rebellions. Through a dialogue between Brazilian social thought and the revolution category, linked to socialism and communism, Guerreiro Ramos makes a 'sociological reduction' of the category and offers the reader a book in which he criticizes the roots of Stalinism, pointing out the challenges of transforming contemporary Brazil.Alberto Guerreiro Ramos , a Brazilian intellectual and politician who was ousted and lived in exile in the United States after the coup of 1964, where he was a professor at the University of Southern California 1 , has had his books reedited 2 and even made available on the internet through the Federal Board of Administration 3 . Recently in 2016, Editora Insular published a new edition of The Myth and Truth of the Brazilian Revolution, 2 nd edition as the sixth volume of the Pátria Grande Collection, which is part of the Library of Critical Latin American Thought in the Latin American Studies Institute (IELA/ UFSC). The publisher promises to launch a collection of a total of 80 classic books of the Latin American intelligentsia, works by intellectuals who broke with the Eurocentric canon and made fundamental contributions to orient politics designed to overcome underdevelopment and dependence.1 And not a professor at South Carolina University as is written on the book flap. 2 See: Azevedo (2016, p. 24).
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