Pesquisadora bolsista de produtividade nível 1 do CNPq e assessora da Capes. Resumo:Com o aumento do tempo que o brasileiro passa nos sites de redes sociais, a Sociolinguística Interacional aumenta seu interesse em relação às interações nessas novas ferramentas, particularmente no Facebook -a mais utilizada no Brasil. Este artigo visa a estudar como se configura a impolidez em um texto on-line publicado no Facebook e qual o papel do léxico nos estudos da impolidez. Compreendemos aqui a (im)polidez como um fenômeno avaliativo por meio do qual é julgada a adequabilidade social dos comportamentos, normalmente rotulados como: polidos, impolidos, rudes, corteses, agressivos, excessivamente polidos etc. Por sua vez, a impolidez, segundo Culpeper e Hardaker (2017), é o termo técnico que designa os comportamentos normalmente julgados como inadequados socialmente. Para alcançarmos nosso objetivo, este trabalho propõe um estudo exploratório em que vamos analisar um texto publicado no Facebook observando as fórmulas convencionaliza-Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Barreto Filho, Neves e Barros -Impolidez em textos on-line no Facebook: análise das escolhas lexicais numa perspectiva textual-interativa Calidoscópio -v. 17, n. 3, setembro-novembro 2019 Barreto Filho, Neves e Barros -Impolidez em textos on-line no Facebook: análise das escolhas lexicais numa perspectiva textual-interativa Calidoscópio -v. 17, n. 3, setembro-novembro 2019
Este artigo pretende investigar a interação on-line (re)discutindo os conceitos de footing, estrutura de participação e formato de produção do sociólogo canadense Goffman (1981). Assim, propomos uma análise exploratória de posts publicados no Facebook a fim de identificar características das interações on-line e demonstrar como elas reconfiguram as noções de ouvinte, falante e interação. Os resultados das análises demonstram que os affordances - as percepções de possibilidades de uso - de sites de redes sociais provocam readequações nos conceitos de falante e ouvinte para pensar a linguagem on-line, sobretudo devido ao enfraquecimento da noção de participantes não ratificados, perante à realidade das mídias sociais da internet.
Este artigo tem como objetivo trazer ao leitor/professor dois conceitos bakhtinianos que podem contribuir na elaboração de atividades sobre a compreensão de um texto literário. Entendendo que a natureza da linguagem é social, Bakhtin revela que a construção e produção do sentido surge para sujeitos historicamente situados e envolvidos em relações discursivas. Assim, cada ato de fala é repleto de assimilações e reestruturações destas diversas vozes, ou seja, cada discurso é composto de vários discursos. Essas vozes dialogam dentro do discurso, não se tratando, apenas, de uma retomada. Esse diálogo é construído histórica e socialmente. A partir dele se dá a construção da consciência individual do falante. Só pensamos graças a um contato permanente com os pensamentos alheios, pensamentos estes expressos no enunciado. Dessa forma, a consciência individual é resultante de um diálogo interconsciências. Através de um estudo qualitativo, analisamos uma atividade, proposta pela TV5, sobre contos de Charles Perrault. Vimos que, quando o professor está atento à dialogia e ao plurilinguismo presente na interação atividade - professor – aluno, a compreensão literária pode ser mais rica e prazerosa na sala de aula.
Resumo Os sites de redes sociais, como o Facebook, podem servir como um palco de disputas políticas e ideológicas onde interlocutores entram em conflito, gerando linguagem ofensiva e disputas identitárias. Este artigo objetiva apresentar contribuições que os estudos das identidades podem fornecer à análise da impolidez - uso da língua para causar ofensa - em interações on-line. Para tanto, propõe a análise qualitativa de cunho interpretativista de uma postagem e seus respectivos comentários, coletados no Facebook. Os resultados sugerem que o estudo combinado entre impolidez e identidades possibilita demonstrar que o processo de ofensa nessa plataforma on-line é normalmente inferencial, e depende de processos de identificação com a impolidez presentes nos textos.
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