Objetivo: Verificar a prevalência de retinopatia diabética encontrada na população de diabéticos tipo 1, acompanhada no Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entre 29 de agosto de 2000 e 17de agosto de 2001, e sua relação com o sexo, a idade do paciente na ocasião do diagnóstico d o diabete e a duração do diabete. Método: Foi realizado mapeamento de retina, biomicroscopia de fundo e retinografia em 81 pacientes, 41 do sexo feminino e 40 do masculino, a fim de detectar e classificar a retinopatia diabética nessa população. Resultados: A idade dos pacientes variou entre 4 e 23 anos (média = 12,0 ± 12,0), a idade do paciente na ocasião do diagnóstico, entre 6 meses e 15 anos (média = 3,4 ± 5,8) e a duração do diabete, entre 7 meses e 20 anos (média = 5,8 ± 4,4). A retinopatia diabética foi observada em 14 pacientes (17,3%), 7 (8,6%) com a forma não proliferativa muito leve, 5 (6,2%) com forma não proliferativa leve, 1 (1,2%) com forma proliferativa de alto risco e 1 (1,2%) com forma proliferativa avançada. Conclusões: A prevalência da retinopatia diabética na nossa amostra é 17,3%. Não há diferença entre os portadores e não portadores de retinopatia diabética quanto a sexo e idade do paciente na ocasião do diagnóstico. Quanto maior a duração da diabete, maior a prevalência da retinopatia diabética. RESUMODescritores: Retinopatia diabética/epidemiologia; Diabetes melittus insulino dependente; Prevalência; Hospitais comunitários; Brasil. INTRODUÇÃOA retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira na Europa e nos Estados Unidos (1)(2) . É a maior responsável por perda visual e cegueira em adultos profissionalmente ativos entre 20 e 64 anos nas sociedades economicamente desenvolvidas (3) . Calcula-se que o risco de cegueira nos diabéticos seja vinte e cinco vezes maior do que na população normal e que aproximadamente 19% dos casos de cegueira no mundo sejam causados por diabetes mellitus (1)(2) . De toda a população mundial, estima-se que 0,5% seja afetada pelo diabetes mellitus tipo 1 e 10% pelo tipo 2 (4) . No Brasil está entre as principais causas de cegueira irreversível, atingindo 7,6% da população segundo o Ministério da Saúde (5) , sendo responsável por 4,58% das deficiências visuais (6) . As alterações do fundo do olho que ocorrem com a progressão da doença seguem um curso que se inicia na forma não proliferativa podendo
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