OBJETIVO: verificar o conhecimento sobre a gagueira entre moradores da cidade de Salvador. MÉTODO: trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal e natureza quantitativa com a participação voluntária de residentes da cidade de Salvador. Todos responderam ao questionário de Atenção à Gagueira e foram equiparados quanto ao gênero, idade e escolaridade. RESULTADOS: das 417 pessoas entrevistadas 78,2% afirmaram ter visto ou conhecer pessoas que gaguejam; 52,2% relataram que a pessoa com gagueira pertencia ao seu círculo de relações; 62,4%, acreditam que mais do que 5% da população gagueja; 53,6% responderam que a gagueira se inicia entre os dois e os cinco anos de idade; 53,5%, referiram que a gagueira ocorre com maior frequência em meninos do que em meninas; 88,7% relataram que essa desordem ocorre em todas as raças; 28,9% referiram ser emocional a causa da gagueira; 84,2% afirmaram que a gagueira possui tratamento; 79,6% consideraram pessoas que gaguejam com inteligência igual ao de falantes normais; 47,6% afirmaram que o uso de aparelho auditivo é mais grave do que a gagueira e 52,8% responderam que consultariam um fonoaudiólogo. CONCLUSÃO: a população respondente da cidade de Salvador revelou facilidade na identificação de pessoas com gagueira, porém demonstrou possuir conhecimento limitado sobre questões associadas a esta, fator relevante no planejamento de ações em Educação e Saúde.
A implantação dos cursos de fonoaudiologia no Estado da Bahia data de 1999. Ainda que a formação acadêmica seja recente, na cidade de Salvador a sua história é mais longínqua e em muitos aspectos se articula com as preocupações que vêm marcando o campo. Para conhecermos esse trajeto histórico, este artigo apresenta narrativas de fonoaudiólogas precursoras na capital baiana, buscando nas suas experiências um saber que configure fonte para compreensão do passado e do presente e projeção do futuro. A colheita das narrativas foi realizada na perspectiva da metodologia da história oral. As vozes das narradoras emolduram a fonoaudiologia em Salvador como acontecimento singular e, ao mesmo tempo, característico da forma como a área foi se constituindo no Brasil, sendo destacados aspectos como: prevalência de um trabalho fonoaudiológico privatista como resultado de políticas públicas equivocadas; reconhecimento por parte dos pacientes como forma primordial de divulgação da área; contribuição local para sua institucionalização; primeiras práticas relacionadas à educação de pessoas surdas e com deficiência mental. Contam também sobre uma clínica que não quer prescrever, em que os envolvidos trabalham juntos vivendo a experiência do encontro. Uma clínica que reconhece o que de singular se organizou em cada pessoa para além do registro do vivido, do psíquico, voltado para o sentimento, para a reciprocidade e a aspiração de todo humano: estar incluído, ser cuidado.
Resumo: OBJETIVO: descrever o perfil fonológico de crianças com baixa visão de 6 a 9 anos de idade, que não apresentem outra patologia associada, e assim, analisar se ocorre diferenças significantes no desenvolvimento fonológico dessas crianças em comparação com o desenvolvimento fonológico de crianças com visão normal. MÉTODOS: estudo descritivo, observacional, transversal e qualitativo. Foram analisadas 20 crianças com idades entre 6 e 9 anos, cadastradas em uma instituição para cegos na cidade de Salvador-Ba, com baixa visão e que não apresentava outra patologia associada. Para testagem do sistema fonológico utilizou-se o Protocolo de Avaliação Fonológica Infantil que consiste na nomeação de 43 figuras balanceadas foneticamente. A nomeação foi registrada em vídeo. As informações observadas e registradas durante o teste foram organizadas para análise por meio do emparelhamento de acordo a faixa etária. RESULTADOS: após análise detalhada das amostras de fala registradas em vídeo, os resultados foram organizados por idade em quadros, descrevendo quais fonemas foram produzidos em cada segmento do Português Brasileiro avaliado e os processos fonológicos utilizados. CONCLUSÃO: o desenvolvimento fonológico das crianças com baixa visão ocorre por um processo mais lento e tardio quando comparado ao desenvolvimento fonológico típico de crianças com visão normal.
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