Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal felina possui uma grande importância dentro da rotina clínica felina principalmente devido às dificuldades no diagnóstico de forma assertiva. Objetivo: O objetivo do relato foi narrar o processo de cronicidade da Doença Inflamatória Intestinal ao longo dos anos. Relato de caso: Foi atendido um felino, macho, persa, de 15 anos e 7 meses com dificuldades correlacionadas à uma possível enterite que, ao longo dos anos sem a confirmação do diagnóstico diferencial, tornou-se um processo crônico. Seu acompanhamento ocorreu por diversas clínicas veterinárias ao longo de fevereiro de 2017 até janeiro de 2022. Desde então, o paciente passou por várias suspeitas clínicas, incluindo parasitoses, onde foi realizado parasitológico e o resultado foi negativo. Em 2019, ocorreu o primeiro requerimento de lipase específica e a suspeita da tríade felina. Com o passar do tempo, o animal foi seguindo visitas corriqueiras ao médico veterinário durante seus períodos mais agudos, porém, sem diagnóstico final. Discussão: Todavia, após alguns anos e várias solicitações de exames complementares previamente não realizados, acompanhamentos mensais por ultrassom abdominal, observação de seu comportamento ao longo de mudanças sutis na terapêutica e adição de alimentação nutracêutica hipoalérgica pode-se conjecturar um diagnóstico diferencial em relação ao animal. Foi confirmada pela tutora a ausência da realização da biópsia intestinal e exame histoquímico, ambos necessários para a diferenciação de linfoma alimentar. Apesar das mudanças, o animal ainda apresenta espessamento intestinal sugerindo processo inflamatório (jejunite e duodenite), pancreatopatia com indícios de cronicidade e presença de fibrose. A indicação veterinária incluem exame citopatológico e histopatológico do intestino com manutenção do acompanhamento ultrassonográfico. Porém, atualmente, o paciente felino segue uma terapêutica desenvolvida para as particularidades da sua saúde, adaptadas à sua idade e suas necessidades. O resultado foi uma resposta comportamental positiva, confirmando o controle das manifestações da doença. Conclusão: Conclui-se que apesar da doença ser crônica e de etiologia desconhecida, pode-se oferecer alternativas terapêuticas ao longo da vida do animal, garantindo seu bem-estar.
Introdução: FIV (Vírus da imunodeficiência felina) é um vírus que desencadeia uma doença infectocontagiosa de risco, atingindo o sistema imune predispondo a doenças secundárias. De extrema importância para a clínica médica, o FIV desencadeia uma das doenças que mais o acomete felinos. A patogenia é relacionada com o ataque à células de defesa, os linfócitos T CD4+, debilitando o sistema imune do animal. A contaminação ocorre por meio de mordidas ou arranhões e isso termina aumentando a prevalência do vírus em machos errantes devido ao seu comportamento inato territorialista. Objetivo: O objetivo do trabalho foi trazer dados sobre a prevalência de FIV felina no Brasil. Material e métodos: Este é um estudo de revisão sistemática descritiva com enfoque retrospectivo dos dados epidemiológicos. Resultados: No Sul do país, a prevalência encontrada foi: Rio Grande do Sul 33,76% (2011) e RS 9,1 -15,7% (2014); Paraná 1% (2014-2018); Santa Catarina 7,65% (2019). Sudeste: São Paulo 2% (2000), 5,63% (2011) e 0,78% (2003-2011); Rio de Janeiro 10,67% (2019); Minas Gerais 5,8% (2007). Centro-Oeste: Goiás 2,77-12,5% (2017). Nordeste: Maranhão 10,83% (2014); Ceará 12,32% (2015-2018); Bahia 6% (2015). A conclusão é existe a escassez de estudos epidemiológicos sobre FIV de maneira regionalizada. Observa-se uma queda na prevalência de animais FIV positivos em São Paulo e em Goiás. A prevalência aparenta ser alta no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Maranhão e Ceará. Maior prevalência encontrada de animais FIV positivos encontrar-se entre gatos macho. Conclusão: O vírus da imunodeficiência felina e da Leucemia Felina (FeLV) possuem um índice de coinfecção presente e a interação das duas retroviroses na imunidade do hospedeiro agrava os sinais clínicos e patogenia da doença.
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