Os contaminantes emergentes são compostos que apresentam potencial danoso ao meio ambiente e à saúde, mesmo em baixas concentrações. É considerado um novo desafio para a comunidade científica, que vem conduzindo pesquisas mundialmente para subsidiar o desenvolvimento de padrões de qualidade da água para consumo humano, visto que o tratamento do tipo convencional utilizado pela maioria das ETAs é ineficiente para remoção de tais contaminantes. Visando ampliar e contribuir com os estudos que estão sendo realizados sobre a temática, o presente trabalho apresenta através de pesquisa bibliográfica, uma revisão sobre contaminantes emergentes presentes em águas destinadas ao consumo humano: ocorrência, implicações e tecnologias de tratamento. Os resultados apontam que os contaminantes emergentes são oriundos principalmente das águas residuárias lançadas sem tratamento nas águas superficiais. Uma vez contaminadas, as águas superficiais tornam-se fonte de contaminação a curto e longo prazo, ocasionando danos a biota aquática e aos seres humanos. Por não serem removidos no tratamento convencional de água, se faz necessário a utilização de tecnologias avançadas para remover contaminantes emergentes de águas destinadas ao consumo humano. Todas as tecnologias estudadas mostraram-se promissoras podendo ser utilizadas em escala real nas ETAs do país. Pesquisas relacionadas a contaminates emergentes presentes em águas destinadas ao consumo humano são de extrema importância ambiental, atraves delas será possivel identificar possiveis contaminates e desenvolver tecnologias apropriadas para sua eliminação evitando danos a saúde pública.
O presente estudo avaliou influência da biomassa algal no pós tratamento de esgoto doméstico em distintas lagoas de polimento. Para tanto, a pesquisa foi realizada na Estação Experimental de Tratamento Biológico de Esgotos Sanitários (EXTRABES), localizada na cidade de Campina Grande-PB, em duas fases experimentais. Na primeira fase, o sistema experimental era constituído de quatro lagoas, na qual duas lagoas foram monitoradas com alimentação contínua (LC57 e LC45) e duas com alimentação semi contínua (LB57 e LB45). Na segunda fase experimental, foi avaliado o desempenho de três lagoas alimentadas em bateladas (LBT45 e LB245), e uma alimentada continuamente (LC245). Verificou-se que a determinação das concentrações de clorofila-a pôde proporcionar uma estimativa da biomassa fitoplanctônica, no entanto, elas foram facilmente alteradas, por variações da alta incidência luminosa, temperatura, carga orgânica e TDH. Foi observado que o efluente digerido e a biomassa de algas proveniente da lagoa de transbordo com TDH de 2,4 dias na primeira fase do estudo, propiciou um maior desenvolvimento da comunidade fitoplanctônica. Durante a segunda fase, as lagoas de polimento alimentadas em bateladas sequenciais (LB245 e LBT45) apresentaram maiores concentrações de clorofila-a em relação a fase experimental anterior. Concluiu-se que as lagoas de polimento alimentadas em regime de batelada se destacaram por apresentarem remoções superiores às lagoas com alimentação contínua e semi contínua, evidenciando-as como promissora no tratamento de esgoto doméstico. Além de obter excelentes resultados, principalmente nas remoções de nutrientes, foi possível tratar uma quantidade superior de afluente em menos tempo de operação.
Neste trabalho foi estudado a toxicidade de microrganismos anaeróbios e aeróbios do efluente de processo Fenton aplicado ao tratamento do lixiviado proveniente do aterro sanitário (LAS). O lixiviado utilizado foi coletado no aterro sanitário metropolitano da cidade de João Pessoa (PB). Após coletado, o substrato foi transportado a Estação Experimental de Tratamentos Biológicos de Esgotos Sanitários (EXTRABES) para caracterização química, levando-se em consideração a quantificação de material orgânico e nitrogenado e demais outros parâmetros, tomando-se como referência os métodos analíticos recomendados por APHA (2012). Os ensaios de toxicidade a microrganismos anaeróbios de lixiviado de aterro sanitário e efluente do processo fenton, foram realizados seguindo a metodologia proposta por Angelidaki et al. (2009), o Biochemical Methane Potential (BMP). A avaliação da toxicidade do lixiviado ‘in natura’ e do efluente do processo fenton a organismos aeróbios foi determinada pela redução da taxa consumo de oxigênio (TCO), utilizando-se respirômetro Beluga do tipo aberto e aeração semicontínua. Após a realização do processo fenton, foi constatado eficiências de remoções de 96,4% da cor, 85,3% da DQOtotal e 41,7% da Abs54. Nos resultados advindos dos ensaios de BMP, constatou-se que os percentuias de 4, 6, 8 e 10% do efluente do processo fenton adicionado ao substrato, propiciando níveis de inibição acima de 50% na produção de biogás em relação ao controle com período de tempo de 40 dias de monitoramento, confirmando o potencial tóxico do LAS mesmo após tratamento oxidativo. Apenas nos ensaios realizados com 2% de LAS adicionado ao substrato, não foi constatada inibição, haja vista ter sido produzido 122 mL.N. biogás.gDQO-1. Nos ensaios realizados com LAS ‘in natura’, a produção de biogás foi cerca de 5,3 vezes menor. Em relação aos microrganismos aeróbios, não foi observada diminuição da TCO, verificou-se um incremento da TCO de 2,15 e 6,94 mgO2.L-1.h-1 para os ensaios com aplicação de 2 e 10% de efluente fenton, respectivamente. Concluiu-se que, mesmo apresentando elevadas eficiências de remoção dos parâmetros químicos, o processo Fenton não produziu um efluente atóxico para todos os organismos testes.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a degradação de microcistina–LR no tratamento de água de abastecimento, em sistema convencional seguido de fotocatálise homogênea (UV/H2O2). As condições ótimas para o tratamento convencional foram determinadas em jar test com a dosagem (50 mg.L-1) de Sulfato de Alumínio, pH inicial (6.8) de coagulação e tempo de sedimentação de 15 minutos. Nestas condições as etapas de coagulação, floculação, sedimentação e filtração do método convencional da água mostraram-se eficientes na remoção de cor verdadeira (80%) e turbidez (97%), não sendo satisfatória à remoção da microcistina–LR. Contudo, houve remoção significativa deste micropoluente pelo processo oxidativo avançado (UV/H2O2). Dos seis tratamentos realizados no reator fotocatalítico, apenas aquele de concentração de 1000 mM (UV/H2O2), após 15 minutos de oxidação, atingiu o valor máximo permitido pela Portaria de nº 005/2017 anexo XX para os padrões de potabilidade. Aos 60 minutos do processo, houve uma remoção de 83.3% da microcistina-LR para esta mesma dosagem de H2O2, que atingiu o valor final aproximado de 0.5 μg.L-1 de MC-LR. O método empregado para análise da oxidação da microcistina-LR por CLAE–EM, mostrou-se altamente sensível e rápido na detecção de fragmentos resultantes da oxidação de (UV/H2O2) identificando o aminoácido ADDA presente no analito apartir do fragmento m/z 135 e assim comprovando a eficácia do tratamento. Concluiu-se que a combinação de um tratamento convencional seguido de processo oxidativo avançado (POA) aplicados ao tratamento de água de reservatório eutrofizado, é uma solução eficaz e segura para obtenção de água potável.
Tratamento de lixiviado de aterro sanitário aplicando microalgas em biorreatores alimentados em bateladaTreatment of landlied from landfill applying microalges in biorreactors feeded in batch
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