Resumo A partir do sentido dialógico de uma dada linguagem poético-musical pode se estruturar um processo didático com atividades que melhor relacionem literatura e música (popular e clássica). Referente à audição de músicas e leitura literária, essa didática objetiva entender os alunos como indivíduos representados por um forte componente dialógico de recepção ético-estética. Assim, no atual contexto social de globalização hiperfacetada e informações multissemióticas acredita-se que, à medida que o aluno-indivíduo perceba a relação dessa dialogia artística, a percepção da musicalidade implícita nos versos de poemas possibilitará que ela seja apreendida, também, como elemento melopoético contemporâneo. Para tanto, e apoiados em conceitos de Mikhail Bakhtin, Octavio Paz, José Miguel Wisnik, Luiz Tatit e Jusamara Souza, os fundamentos teóricos de tal processo didático valorizam, basicamente, uma concepção comparada, dialógica e interacionista dessas linguagens artísticas.
RESUMOO presente texto relata algumas reflexões e ações realizadas em etapas de dois projetos de extensão, "Rodas de leitura: um caminho para formar leitores" e "Contar histórias: um trabalho de sala de aula", em desenvolvimento na Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Arraias. Dentre as ações desenvolvidas, apresentamos aqui um trabalho realizado com a obra de literatura infantil "Chapeuzinhos Coloridos", de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, em duas instituições de ensino do município de Arraias -TO. O trabalho originou-se dos desdobramentos das atividades extensionistas nas escolas quando do encanto de alunos e professores no momento do compartilhamento "em roda" da referida obra, ilustrando aos professores da escola, participantes do projeto, como e por que contar histórias e montar rodas de leituras em sala. A experiência reforçou a convicção anterior da importância de formações iniciais e continuadas, bem como da troca de experiências para a constituição da identidade docente.Palavras-chave: chapeuzinhos coloridos; contação de histórias; rodas de leitura; formação; leitores. ABSTRACTThe present text reports some reflections and actions carried out in different phases of two extension projects, "Reading circles: a way to train readers" and "Storytelling: a classroom work", under development at the Federal University of Tocantins, in Arraias Campus. Among the actions developed, we present here a work done with the children's literature "Chapeuzinhos Coloridos" ("Colorful Hats"), by José Roberto Torero and Marcus Aurelius Pimenta, in two educational institutions of the municipality of Arraias -TO. The work
A intricada leitura de literatura -um novo processo socioeducacional de conhecimento The intricate reading of literature -a new social and educational process of knowledgeRobson Coelho Tinoco 1 RESUMOFrente aos desafios educacionais neoliberais pós-modernos, à escola brasileira -e à prática / ensino de leitura também literária -cumpre-se o objetivo de reconstruir o novo sobre as marcas de uma relação pedagógica professor-aluno rotineiramente desgastada. Nesse ambiente, surgem questões como o que se pretende lendo aleatoriamente textos na escola? Para onde leva essa leitura? Quem somos, quando se lê? Por que nos transformamos nessas cibermáquinas de passividade metodológica? Nossos alunos estão sendo orientados, previamente, a leituras de determinados autores canônicos, e não canônicos, sabendo o motivo de tal leitura aplicada a sua realidade de leitor? E "ler" literatura é algo que se ensine? Pode-se ensinar alguém a ler entendendo a leitura como fonte dupla de informação e prazer? Não há mais como imaginar uma escola periférica, às margens dos acontecimentos diários e, assim, ou essa nossa nova escola -professores, alunos, agentes administrativos -se adapta produtivamente a essa realidade contemporânea ou estará fadada a perder o rumo da história nacional, regional e mundial. Adaptação produtiva, no sentido de renovar a crítica aos costumes, aos valores, aos preconceitos. Os dados que complementam tais questões teóricas resultam de pesquisa desenvolvida com alunos do ensino médio, de uma escola pública de São Paulo-Brasil, com o objetivo de avaliar, em sala de aula, práticas de uma leitura produtiva com foco no papel do que aqui se considera como leitor-real.Palavras-chave: educação; leitura; literatura; sociedade. ABSTRACTAgainst postmodern neoliberal educational challenges, the Brazilian school -and practice / teaching reading including literary reading -, one meets the objective of reconstructing the new features of a pedagogical teacher--student relationship that is routinely worn. In this environment, questions arise as what is the aim of randomly reading texts in school? Where does this reading leads to? Who are we and when we read? Why did we become such cybermachines of methodological passivity? Our students are being told in advance to read the canonical, and non-canonical authors, knowing the reason for such reading applied to their reality as readers? And "reading" literature is something you can teach? Can you teach someone to read understanding reading as a double source of information and pleasure? There is no way to imagine a peripheral school, on the banks of the daily events and thus, our new school -teachers, students, administrative staff -adapt themselves productively to this contemporary reality or they are doomed to lose the track of national, regional and world history. That is a productive adaptation to renew criticism of customs, values, prejudices. The data that supplemented such theoretical issues stem from a research conducted with students of middle school, in a public school in Sa...
Este livro destaca a essencial prática de leitura e o contexto do detento que “lê" o espaço da prisão e suas relações com tal prática, além da estrita questão jurídico-penal do criminoso e crime cometido. Relação com um tempo - a partir do ócio em excesso, ou à disposição em exagero - bem diferente do tempo das pessoas livres - no geral, vivido como “quase ausência”, face às atividades e obrigações diárias. Assim se contextualiza a relação aflitiva tempo e prisão, ao longo desta obra, em tipo de inimigo cruel que deve ser vencido. Como marca dessa relação, a referência temporal da pena se reveste, portanto, de outra pena imposta ao preso, que, para enfrentar esse inimigo, busca engajamento em alguma ocupação que “mate” o tempo que ele tem disponível - em média, nas prisões brasileiras, 85% dos presos ficam somente duas horas fora de cela, passando o restante do dia dentro dela, imerso nela, absorvido por ela. Tal realidade é invencível, mesmo institucionalmente, pois são muito poucas as atividades e projetos educacionais desenvolvidos, em espaços apropriados, com foco na realidade carcerária. Ainda, a carência de tais atividades e projetos, como "ler”, associada a condições superprecárias de encarceramento, compromete um objetivo de cumprir pena no Brasil, que é a ressocialização. Nesse contexto, resta ao preso aguardar seu tempo de pena ociosamente na cela ou no pátio, à mercê, por exemplo, da eficaz ação cooptadora de facções. Enfim, este livro não só propõe que presos "leiam”, como apresenta elementos para uma leitura produtiva e mesmo prazerosa.
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