Resumo O artigo tem como objetivo abordar o endividamento dos trabalhadores no Brasil e a proposta da "educação financeira". Os números do endividamento são impactantes se comparados com as estatísticas do fim do século passado. O Relatório de Estabilidade Financeira (REF), publicação semestral do Banco Central do Brasil (Bacen), apresentou em 2014 o índice de endividamento das famílias em 45,5%, referente a dezembro de 2013. A "educação financeira" surge como ideologia estratégica do capital financeiro, com o objetivo de manipular o consumo e controlar os riscos de inadimplência.
Este artigo tem como objetivo evidenciar os elementos que são ocultados pelo liberalismo para justificar a sociabilidade burguesa, assim como os limites que as premissas do livre mercado impõem sobre os países de capitalismo dependente latino-americanos. Recorre-se para tal tarefa as análises marxistas sobre a gênese do capitalismo e a acumulação primitiva de capitais, o processo de colonização e atual fase da dominação imperialista, uma bibliografia extensa que desvanece as ilusões das concepções liberais no plano político e econômico. Por fim, o artigo interroga-se sobre o modelo de desenvolvimento capitalista na América Latina, evidenciando que a alternativa socialista seria a única possível para a superação da dependência e do atraso, em um movimento simultâneo de lutas dentro e contra a ordem.
Resumo O sindicalismo no Brasil é determinado pela relação entre capital e trabalho, em que as lutas da classe trabalhadora passaram por avanços e retrocessos. Dentre os avanços, auxiliou na abolição do regime escravista, conquistou uma série de direitos trabalhistas, organizou greves e instituições sindicais. Este artigo busca, a partir da teoria do valor-trabalho e da literatura que analisa o sindicalismo, transitar da gênese ao presente do assalariamento, marcado pela ofensiva do capital que aprofunda o desemprego e a informalidade. Também identifica as tendências para maior precarização das relações e dos contratos de trabalho, assim como a reorganização das lutas sindicais. Conclusivamente, identifica a centralidade da negociação sindical sobre a taxa e as condições de exploração da força de trabalho, assim como a administração do exército industrial de reserva como estratégia do capital.
Resumo Este artigo propõe-se analisar a unidade entre o processo de autorreprodução ampliada do capital e o fenômeno contemporâneo da financeirização. Na primeira parte são apresentados os fundamentados marxianos da teoria do valor-trabalho elaborada por Karl Marx nos três Livros de O Capital, que identificou o processo de valorização do capital em suas formas simples, os ciclos da reprodução capitalista e os embriões do sistema de crédito. A partir desses pressupostos, são identificados os principais movimentos que a expansão da financeirização do capital proporcionou nos últimos anos, principalmente com o desenvolvimento do mercado de valores, a propulsão dos derivativos, a incidência sobre os países dependentes e, principalmente, a intensificação da concorrência capitalista e da exploração da força de trabalho. Em síntese, todo esse processo fortalece os processos produtivos e reprodutivos do capital, ao acelerar a rotação deste e expandir suas relações para todas as dimensões da vida social.
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