Solidago chilensis Mayen (erva-lanceta) é utilizada no tratamento de ferimentos, inflamações, traumatismos e contusões. Para aferir qualidade à espécie vegetal utilizada na produção de fitoterápicos, realizou-se a prospecção fitoquímica, a caracterização molecular e a atividade antimicrobiana da S. chilensis. Foi realizada adicionalmente, a quantificação de flavonoides e fenois totais, além da sua capacidade antioxidante. Para a caracterização molecular da espécie foi desenvolvido um protocolo para amplificação e clivagem do gene maturase K (matK). A atividade antimicrobiana foi obtida frente a representantes de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, Álcool-Ácido resistentes e Leveduras. Os resultados obtidos indicaram a presença de esteroides e fenois. O teste de DPPH demonstrou que a S. chilensis possui atividade antioxidante de 67%. Os estratos da erva-lanceta apresentaram uma discreta atividade frente aos micro-organismos Gram-positivos. Esses resultados conferiram qualidade química, molecular e microbiológica à espécie utilizada como constituinte de fitoterápicos produzidos em laboratórios comunitários na Região Metropolitana do Recife.
INTRODUÇÃOA Engenharia de Tecidos é um campo multidisciplinar entre as á reas de ciência e engenharia de materiais, biofísica, bioquímica, ciências biomédicas e medicina que tem como objetivo desenvolver conhecimentos e técnicas para o reparo de funções e a reconstrução de órgãos e tecidos lesionados a partir da cultura e expansão in vitro de células sobre suportes sintéticos tridimensionais (scaffolds) de materiais biorreabsorvíveis (BARBANTI, et al., 2005; MA, 2008; AWAD, et al., 2004). Doenças crônico-degenerativas são responsáveis por dois terços de todas as mortes no mundo. Essas patologias alteram o funcionamento do corpo humano desde células e tecidos, até sistemas inteiros, causando necrose, lesões graves e perda de funç ões. As intervenções terapêuticas atuais envolvem o uso de fá rmacos e em muitos casos cirurgias. Dentro desse contexto, a Engenharia de Tecidos abre perspectivas para a pesquisa e desenvolvimento de métodos eficazes no tratamento de diversas dessas patologias crônico-degenerativas (McGEER, 2004;SANTOS, et al., 2004; WHO, 2014). A adesão e proliferação de células em matrizes artificiais dependem dos métodos utilizados na produção desses materiais. Algumas características têm sido estudadas, como a biocompatibilidade dos suportes, a biodegradação controlada para que haja uma recuperação adequada do tecido, e o dimensionamento dos poros. Sendo esta última característica de importância relevante já que a porosidade interfere diretamente na adesão, desenvolvimento e morfologia das células, além de determinar o nível do fluxo de substâncias essenciais para o crescimento celular. Materiais porosos facilitam estes processos, além de proporcionarem uma melhor neovascularização da área do tecido que está sendo reparada (HUTMACHER, 2000; SITTINGER et al., 1995; BHAT et al. 2010;SANCHEZ-SALCEDO et al. 2008). Os polímeros naturais obtidos por processos industriais escalonados como a agarose e o colágeno tem um menor custo associado a matéria-prima (YANG et al., 2004) diminuindo consequentemente o custo de produção de dispositivos e se apresenta como alternativas clínicas para o tratamento e regeneração de órgãos e tecidos. Ademais, utilização de polímeros de origem natural como a agarose e o colágeno na síntese de scaffolds tem demonstrado bons resultados devido à biocompatibilidade apresentada por esses materiais e suas características físico-químicas semelhantes às da ECM. Estas características podem garantir o estabelecimento celular e o consequente desenvolvimento de uma nova matriz gerada pela produção de proteoglicanos e colágeno pelas células recém-estabelecidas.O uso de agarose, um polissacarídeo derivado de algas marinhas, já é bastante difundido no campo biomédico, tendo aplicações també m na liberação controlada de fármacos. Entre suas propriedades estão as características mecânicas desejadas. O colágeno processado apresenta propriedades semelhantes às do polímero análogos ao encontrado no organismo humano, e tem um tem sido frequentemente utilizado produção de scaffolds. (MALAFAYA, et a...
INTRODUÇÃOA utilização de plantas medicinais é uma prática que cresceu significantemente nos últimos anos, isto está relacionado com o resgate de ampla gama de conhecimentos a respeito das mesmas que foi acumulado por comunidades e grupos étnicos. Em regiões menos privilegiadas os tratamentos de enfermidades através do uso de plantas medicinais representam os únicos recursos para estas populações. Neste sentido, fitoterápicos produzidos a base dessas plantas são comercializados em feiras livres, mercados populares em diferentes regiões do país inclusive em grandes cidades (Maciel et al, 2001). A venda destes produtos muitas vezes não possui certificado de qualidade e a produção é feita a partir de plantas não validadas, logo, as mesmas são consumidas com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas. Além da possibilidade de intoxicação por plantas erroneamente identificadas e utilizadas que acaba se constituindo em um problema de saúde pública. Os efeitos adversos das possíveis adulterações de lotes, contaminaç ões e toxidez são frequentes (Junior et al, 2005). Em geral isto ocorre devido a equívocos na identificação das plantas a serem utilizadas, uma vez que a nomenclatura popular de diversas plantas medicinais pode variar de acordo com as regiões do país. A família Asteraceae é a maior dentre as Angiospermae, compreendendo aproximadamente 23 mil espécies, pertencentes a 1.535 gêneros, dispostos em 17 tribos (Juud et al., 2009). Sendo que muitas das espécies de Asteraceae são utilizadas como plantas medicinais. A espécie Acmella radicans, por exemplo, é bastante utilizada em tratamento de inflamações, infecções, febre, tosse, resfriado, disenteria e como analgésico para aliviar dores de dente (Rios-Chavez et al.,2003). Nos estudos de sistemática molecular de plantas, o gene da maturase K (matK) tem se consolidado como um o principal gene para estudos taxonomicos e filogenéticos quando comparado a outros genes, como rbcL e trnT-F (Barthet e Hilu., 2007). Ademais, as informações de sequência do matK geram filogenias tão robustas quanto as construídas a partir de conjuntos de dados constituídos por outros genes combinados (Hilu et al., 2003). Baseado na necessidade de identificar se os fitomedicamentos comercializados realmente possuem os extratos vegetais descristos, a utilização de ferramentas genéticas baseado no gene matK é interessante pois esta possui alta correlação filogenética com diversos taxons. Entretato, sendo este um gene relativamente grande, existe a dificuldade de detecção deste em produtos acabados devido a problemas de integralidade dos ácidos nucleícos destas amostras. Neste sentido, iniciadores que possam realizar amplificações de trechos menores tem importância, já que poderão amplificar o DNA a partir de amostras degradadas, possibilitando o controle de qualidade e de rastreabilidade do produto. O objetivo do trabalho foi realizar análise de bioinformatica para desenvolver iniciadores que possam promover amplificações de trechos de DNA com até 500 pb da espécie Acmella ...
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