RESUMOA colonização de terras devolutas na região amazônica para fins de reforma agrária, política social que vem sendo priorizada pelo governo em detrimento de uma política efetiva de redistribuição de terras -o que não foge substancialmente do padrão histórico de ocupação dirigida da região -, tem causado consequências socioambientais em diversas áreas do desenvolvimento que necessitam ser mais intensamente exploradas. Com o intuito de subsidiar essa discussão sob o prisma ambiental, recorreu-se à análise de geoprocessamento. Como medida de impacto ambiental, foi avaliada a dinâmica do desmatamento em 15% dos assentamentos federais do Estado do Pará, durante cinco anos. Os resultados demonstraram haver proporcionalmente mais desmatamentos no interior dos assentamentos do que na área que os circunscreve. No entanto, a velocidade de incremento do desmatamento ao longo dos anos é menor dentro dos assentamentos, quando se excluem as áreas protegidas do Estado. O estudo aponta para possíveis causas que contribuem para a tendência de desmatamento no âmbito dos assentamentos. Fatores como a vulnerabilidade econômica, o atraso na liberação dos financiamentos rurais, as incertezas fundiárias, tamanho dos lotes e a exploração madeireira em assentamentos fictícios são apontados como algumas das causas determinantes do padrão observado.Palavras-chave: assentamentos; desmatamento; Amazônia, Pará. ABSTRACTThe colonization of land in the Amazon region for purposes of agrarian reform, promoted by the government as a social policy throughout history rather than a policy of land redistribution, has caused environmental consequences in various areas of development that need to be further explored. In order to support this argument through the environmental prism, we used the GIS analysis. As a measure of * Mestra em Ciências Biológicas (Botânica) -UFRJ. Doutoranda em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).
Qual a melhor escala para se desenvolver um estudo na natureza? Para responder a esta pergunta deve-se primeiro pensar qual é a questão a ser respondida. Pensando unicamente nos organismos vivos, a escolha da escala espacial adequada depende da mobilidade dos mesmos, que determinará as dimensões da extensão e o tamanho do grão no estudo (Wiens 1989). Extensão (extent) é a área a ser estudada, considerando-se as populações, enquanto o grão (grain) é o tamanho das unidades de observação, considerando-se os indivíduos a serem amostrados (Wiens 1989). O problema é que alguns padrões na natureza, como a variação espacial da riqueza de espécies, não podem ser explicados por processos em uma única escala espacial e temporal (e.g. Whittaker et al. 2001). A escolha da escala espacial fica ainda mais complicada em estudos multidisciplinares, onde uma resposta precisa ser dada à pergunta (ou perguntas), com fenômenos acontecendo simultaneamente em várias escalas. Qualquer um que tenha participado de um projeto multidisciplinar entende a dificuldade para definir a escala adequada e, seja esta qual for, todas as informações precisam ser espacializadas para viabilizar análises e sínteses.Estudos com abordagens teóricas e empíricas têm demonstrado a importância da escala espacial (e temporal) para se entender a dinâmica das populações (Hanski & Gaggiotti 2004) e comunidades (Holyoak et al. 2005). A dispersão de indivíduos entre manchas de hábitat em paisagens heterogêneas é capaz de manter e estruturar as (meta)populações e (meta)comunidades, evidenciando que os estudos desses níveis hierárquicos devem ser feitos em escalas mais amplas do que a local, sendo necessária uma abordagem que considere explicitamente a escala de estudo. Esse é o caso da Ecologia de Paisagens, que enfatiza a importância da escala a ser escolhida pelo observador, de acordo com o processo ou espécie(s) que se pretende estudar (Lorini & Persson 2001;Metzger 1999Metzger , 2001). É uma área do conhecimento que, em sua versão mais contemporânea, tem o objetivo de entender os efeitos da heterogeneidade espacial na ocorrência e manutenção das populações, comunidades e/ou processos, considerando sempre a escala correta a ser estudada. Contudo, originalmente, a Ecologia de Paisagens surgiu na Europa no berço da geografia física e da ciência da vegetação, mas sob grande influência da geografia humana e com foco sobre o planejamento do uso da terra, na vertente conhecida como abordagem geográfica (veja Metzger 2001 e Lorini & Persson 2001 para uma revisão). Portanto, as distintas abordagens e diferentes interpretações do o que é a Ecologia de Paisagens desde a sua origem denotam a sua capacidade para lidar com questões multidisciplinares, tendo como base a distribuição espacial das informações. De fato, a paisagem pode introduzir a dimensão espacial no desenvolvimento dos estudos, representando ao mesmo tempo objeto e ferramenta de pesquisa, o que permitiria uma articulação entre as diferentes escalas de análise dentro de uma mesma disciplina ou das diversas disc...
The Program for Biodiversity Research (PPBio) is an innovative program designed to integrate all biodiversity research stakeholders. Operating since 2004, it has installed long-term ecological research sites throughout Brazil and its logic has been applied in some other southern-hemisphere countries. The program supports all aspects of research necessary to understand biodiversity and the processes that affect it. There are presently 161 sampling sites (see some of them at Supplementary Appendix), most of which use a standardized methodology that allows comparisons across biomes and through time. To date, there are about 1200 publications associated with PPBio that cover topics ranging from natural history to genetics and species distributions. Most of the field data and metadata are available through PPBio web sites or DataONE. Metadata is available for researchers that intend to explore the different faces of Brazilian biodiversity spatio-temporal variation, as well as for managers intending to improve conservation strategies. The Program also fostered, directly and indirectly, local technical capacity building, and supported the training of hundreds of undergraduate and graduate students. The main challenge is maintaining the long-term funding necessary to understand biodiversity patterns and processes under pressure from global environmental changes.
Rarefaction Curves are frequently used in Environmental Impact Assessments to evaluate sampling sufficiency, but without clear guidelines of how to ensure that the assumptions of the methods are met. Infrastructure projects in the Brazilian Amazon and elsewhere often occupy extensive areas in remote locations with difficult access, and random sampling under such conditions is impractical. We tested the influence of sampling unit (sample or individual), and geographic distance between samples on rarefaction curve s, and evaluated the magnitude of errors resulting from the misuse of rarefaction curve in decision making, using frogs from four Amazonian sampling sites. Individual-based rarefaction curve were steeper than those generated by sample-based rarefaction curve. Geographic distance influenced the number of exclusive species in a predictable fashion only in one area, and not in the Environmental Impact Assessment site. Misuse of rarefaction curve generated large errors in the identification of vulnerable taxa. Because the rarefaction curve model is sensitive to the assumption of randomness and geographic distance can influence it unpredictably, we suggest that rarefaction curve should generally not be used to estimate sample completeness when making management decisions for environmental licensing purposes.
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