Este trabalho tem por objetivo promover uma discussão sobre a relação entre os saberes científi co e religioso. Seu fi o condutor é a refl exão sobre as religiões de origem africana e o conhecimento produzido por estas. De forma mais específi ca, o estudo pretende abordar não somente as possíveis controvérsias entre o saber científi co e outras formas de conhecimento, mas também as possíveis estratégias de superação dessas querelas, observando, nas implicações sociais que referem o conhecimento afro-religioso, um interessante objeto de análise. Dessa forma, o texto discute alguns aspectos das religiões de matriz africana e toma como ponto central de análise a dimensão do conhecimento produzido por essas religiões, bem como suas implicações sociais, a partir de uma abordagem refl exiva sobre os conteúdos que compõem uma cosmovisão africanista original e sua consequente adaptação à e na sociedade contemporânea. O artigo também busca aproximar esta temática à discussão relativa aos processos de conhecimento típicos da sociedade moderna, assim como verifi car a possível crise de paradigma desse modelo e, fi nalmente, observar o surgimento de novas abordagens do conhecimento.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Attribution License (CC-BY 3.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. ResumoPromove-se uma recuperação do debate endógeno estabelecido entre alguns pensadores da Escola de Frankfurt, sobretudo no que se refere às diferentes perspectivas de análise sobre as relações entre ação e estrutura social, bem como as distintas percepções acerca das racionalidades (prática ou comunicativa) que organizam a conexão entre os indivíduos e a sociedade. Verifica-se o modo como os autores ligados à teoria crítica compreenderam as relações entre esferas subjetivas e estruturais em termos de possibilidades de emancipação social e de exercício de práticas deliberativas. Nessa perspectiva, considera-se uma cisão teórica estabelecida no interior da própria escola, cuja expressão se dá a partir das diferenças epistemológicas existentes entre o núcleo central do pensamento frankfurtiano e um conjunto de autores periféricos. Os trabalhos produzidos por esse núcleo "marginal", bem como seu posterior refinamento na obra de Habermas, apresentam alternativas teóricas de caráter relacional que contrapõem a visão estrutural e cética presente nos trabalhos de Horkheimer, Adorno e Marcuse. É justamente na recuperação dessas fronteiras endógenas que se pretende ponderar as possíveis contribuições do pensamento frankfurtiano para uma perspectiva crítica da sociedade contemporânea. AbstractThis work brings back the endogenous debate established among some thinkers of the Frankfurt School, especially when it comes to the different theoretical perspectives on the relations between social action and structure, as well as the distinct perceptions about the rationalities (practical or communicative) that organize the connection between individuals and society. It aims to verify the way that the authors related to the critical theory understood the relations between subjective and structural spheres in terms of the possibilities of social emancipation and exercise of deliberative practices. In this perspective, it considers a theoretical division established inside the school itself, whose expression occurs since the epistemological differences existing between the central nucleus of the thinking of the school and a host of peripheral authors. The works produced by this "marginal" nucleus, as well as its posterior refinement in the work of Habermas, present theoretical alternatives of relational features which oppose to the structural and skeptic vision existent in the works of Horkheimer, Adorno and Marcuse. It is precisely in the recovery of these endogenous frontiers that it is intended to ponder the possible contributions of the Frankfurtian thinking for a critical perspective of the contemporary society.
O trabalho promove uma reflexão sobre as estratégias de legitimação social empreendidas pela comunidade afro-umbandista no Rio Grande do Sul. A análise intenta construir um mapeamento das principais complexidades sobre as quais se deparam as religiões de matriz africana em suas realidades sociais contemporâneas. Deste ponto, parte-se para a observação dos aspectos estratégicos delineados pelos membros destas religiosidades, empreendidos como contrapartidas àquelas complexidades, os quais se encontram categorizados a partir de três enfoques. No primeiro, são abordados os aspectos morfológicos de legitimação, compreendidos na figura das principais instâncias atuantes junto aos propósitos reivindicativos, sobretudo os campos institucional e federativo. O segundo relaciona-se à detecção dos mecanismos de articulação política engendrados na busca pela legitimidade, que projetam o enquadramento das práticas observadas como ação coletiva. Por fim, são analisados os principais discursos tomados como referência fundamental nos projetos de legitimação alvitrados pelas comunidades religiosas estudadas.
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