<p>Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre Governança Corporativa e gerenciamento de resultados contábeis em empresas brasileiras de capital aberto. A amostra do estudo é composta por 108 empresas listadas na BM&FBOVESPA nos anos de 2008, 2009 e 2010. Como aproximação para a Governança Corporativa, utilizou-se o índice amplo proposto por Leal e Carvalhal da Silva (2005). Como proxy de gerenciamento de resultados, utilizaram-se os accruals discricionários estimados a partir do modelo proposto por Kang e Sivaramakrishnan (1995). Como variáveis de controle para associação ao Índice de Governança Corporativa, utilizaram-se as variáveis: tamanho, alavancagem financeira e desempenho. Considerando que a discricionariedade da gestão como resultado da separação entre propriedade e controle, e o conjunto de motivações associadas ao oportunismo, a hipótese subjacente do trabalho foi de que mecanismos Governança Corporativa comportem-se como inibidores do gerenciamento de resultados contábeis. Ao nível de significância de 1%, observou-se que a intensidade de gerenciamento de resultados é menor em empresas que apresentam presença mais marcante de atributos de Governança. Tais resultados corroboram as discussões sobre a presença de um trade-off entre estruturas de Governança Corporativa e escolhas contábeis direcionadas a gerenciar resultados contábeis. </p>
O mercado brasileiro caracteriza-se por estruturas de propriedade concentradas, em um ambiente legal propício à expropriação de minoritários, o que pode influenciar os incentivos aos decisores e, potencialmente, afetar a decisão sobre a utilização de dívida como forma de financiamento das empresas. Este trabalho buscou estudar o nível de endividamento em empresas controladas por um único acionista, aqui classificadas como empresas com alta propensão à expropriação de minoritários, em uma amostra de 322 empresas negociadas na Bovespa entre 1996 e 2002. Os resultados apontaram um menor nível de endividamento dessas empresas, de forma consistente com a hipótese de maior poder de monitoração dos credores. Por outro lado, o seu nível de endividamento aumenta quando decresce o direito dos majoritários aos fluxos de caixa gerados, o que sinaliza para a utilização da dívida como mecanismo de governança.
RESUMOEste trabalho procurou investigar aspectos referentes ao risco nas estratégias de investimento envolvendo ações de valor e crescimento na Bovespa. Foram utilizados, na ordenação dos portfolios, seis indicadores de mercado capazes de identifi car ações de valor negociadas no período compreendido entre dezembro de 1994 e abril de 2003. A avaliação do risco foi feita através da utilização de sete parâmetros. Também foi utilizada a abordagem de Lakonishok, Shleifer e Vishny (1994), que consiste na verifi cação dos retornos relativos de curto prazo envolvendo as duas estratégias. Os principais resultados apontaram que as estratégias de valor formadas a partir da variável fundamentalista lucro/preço apresentaram retornos consistentemente maiores em relação às de crescimento. Quanto à análise do risco, o indicador liquidez foi capaz de justifi car, com signifi cância estatística, o maior retorno nas estratégias de valor. Por sua vez, a análise do índice de Sharpe para todos os parâmetros de ordenação dos portfolios demonstrou um maior prêmio por unidade de risco para as estratégias de valor, em relação às de crescimento. Palavras-chave:Estratégias de investimento; Carteiras de valor e crescimento; Parâmetros de risco; Análise de risco. Lakonishok, Shleifer, and Vishny's (1994) ABSTRACT This paper aims to investigate risk-related aspects of investment strategies involving value and growth stocks at Bovespa. To assemble the portfolios, we used six market indicators capable of identifying value stocks traded in the period from December 1994 to April 2003. The risk analysis was conducted using seven parameters. We also included
Objetivo: A literatura aponta evidências acerca da importância da expertise financeira do CEO para subsidiar a tomada de decisão visando maximizar o valor da empresa. Assim, o objetivo do artigo é respaldar teoricamente a formação do construto “Sofisticação Financeira”, propondo três métricas para mensurá-la, além de compartilhar proposições de estudos contemporâneos. Método: Estudos anteriores deram suporte para a elaboração do constructo de Sofisticação Financeira. Após a identificação e coleta das características acadêmicas e profissionais, aplicou-se a técnica de Análise Fatorial do tipo Análise de Componentes Principais para efetuar a composição dos índices. Resultados: As características de formação acadêmica e experiência profissional relacionado a finanças que alicerçaram a formação do construto foram: Formação – Internacional e Financeira; e Experiência – Ramo, Setor Financeiro, Diretor Financeiro, CEO, Internacional, e Elevada Hierarquia em Outra Empresa. A partir desses, o estudo desenvolve três índices: Sofisticação Financeira Acadêmica, Sofisticação Financeira Profissional e Sofisticação Financeira (contemplando ambas as dimensões). Contribuições: A literatura mostrava-se carente de uma métrica mais completa para a mensuração da expertise do CEO, que pudesse captar o impacto destas na tomada de decisões. Assim, o estudo se preocupou com o avanço da ciência, e apresenta prospecção de estudos aplicáveis ao contexto nacional.
Resumo A competitividade no mercado de trabalho de altos executivos, e busca de qualificação dos Chief Executive Officer (CEO) por parte das empresas pode levar esse profissional a superestimar suas capacidades e/ou subestimarem os riscos nos processos de tomada de decisão, aumentando a propensão de que ele apresente os vieses cognitivos excesso de confiança e otimismo (ECO). Nesse sentido, o presente trabalho teve por objetivo identificar a relação entre a Sofisticação Financeira dos CEO's e os vieses cognitivos Excesso de Confiança e Otimismo. A amostra compreendeu 179 empresas listadas na BM&FBovespa durante os períodos de 2011 a 2015, totalizando 810 observações. A análise de componentes principais foi utilizada para a formação de três índices de sofisticação financeira: O Índice de Sofisticação Financeira Acadêmica (ISFA), o Índice de Sofisticação Financeira Profissional (ISFP), e o Índice de Sofisticação Financeira (ISF), composto pelos dois primeiros. Na análise de dados foram utilizadas regressões lineares multivariadas. Os resultados indicaram que apesar de o ISF não estar relacionado com os vieses ECO, o ISFA apresentou-se positiva e significativamente relacionado ao ECO, indicando que os CEO's que possuem formação internacional, formação financeira e experiência no ramo são propensos a apresentar os desvios cognitivos ECO.
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