Objetiva-se reconstituir a trajetória da questão fundiária (e agrária) na experiência de maior concentração de riqueza e recursos vivenciada no âmbito do sistema capitalista, partindo-se da premissa de que a crescente desigualdade do modelo brasileiro passa necessariamente pela questão agrária. Num segundo momento, procede-se à análise dos limites atualmente colocados a qualquer possibilidade de uma Reforma Agrária ampla e estrutural, dados pelo avanço do agronegócio nos últimos dez anos, pela desmobilização política de parcela significativa da sociedade no que se refere a esta questão e pelos próprios limites estruturais da economia brasileira nos quadros da globalização financeira. O texto será dividido em seis sessões: a) colonização e origens do latifúndio; b) O modelo agroexportador e a ruptura incompleta; c) a questão agrária e a industrialização brasileira; d) a questão agrária e o agronegócio; e) os limites da reforma agrária na contemporaneidade; f) considerações finais.
Resumo: Este artigo objetiva compreender as relações de trabalho estabelecidas nas lavouras de café entre fazendeiros e trabalhadores rurais (genericamente chamados de colonos) no período de 1917 a 1937, no qual, em função da intervenção governamental no mercado cafeeiro (as defesas do café) e da existência de uma legislação altamente vulnerável no que se referia à apropriação de terras em fronteira agrícola no estado de São Paulo, Brasil. Utilizamos como principal fonte documental duas mil e quarenta e sete escrituras de contratos de formação e trato de cafezais lavradas em quatorze municípios do interior paulista. palavras-chave: fronteiras, complexo cafeeiro, contratos. Abstract:plantations between farmers and farmworkers (generically called colonos) between 1917 and 1937, during which, as a function of government intervention in the ownership of lands on a large scale in new areas, there was a rapid expansion of the agricultural frontier in São Paulo State, Brazil. We use as the main source recorded in fourteen cities of São Paulo.
Sumário: 1. Introdução; 2. Expansão e Crise: as relações de trabalho; 3. Crédito e Acumulação: o papel da pequena cafeicultura; 4. Considerações Finais. Palavras-chave: Cafeicultura; Pequena Propriedade; Acumulação; Trabalho; Financiamento; História de Franca/SP. Códigos JEL: N56; N96.Este artigo versa sobre a importância da pequena cafeicultura no complexo cafeeiro entre 1890 e 1914. Discutimos aqui as relações de trabalho, as formas de financiamento e o modo como a pequena propriedade se insere neste universo. Utilizamos como fontes prioritárias os contratos de trabalho que envolviam a formação e/ou o trato de cafeeiros e as escrituras de dívidas hipotecárias, ambas lavradas nos Livros Cartoriais, fontes estas ainda não trabalhadas pela historiografia de forma mais sistemática. Desviamos nosso olhar para uma região marcada predominantemente pelas pequenas e médias fazendas produtoras de café, observando a dinâmica da acumulação em um período de expansão e de crise da cafeicultura. This article turns on the importance of the small coffee production in the
O Objetivo deste artigo é apresentar uma interpretação acerca dos poderes hegemônicos em ação no comércio mundial de café na primeira metade do século XX, considerando as políticas de defesa adotadas pelo maior produtor (Brasil), a construção de produtores concorrentes e o delicado cenário caracterizado por Guerras e pela Crise Econômica Mundial. Destaca-se no conjunto de informações apresentadas os principais produtores de café no continente americano e no mundo, os principais portos de embarque no Brasil, bem como os principais destinos das sacas exportadas. Utilizamos como fonte o Anuário Estatístico para o ano de 1948, publicado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Brasil entre outras obras de apoio sobre as condições de comercialização do produto em escala mundial e trabalhos recentes, que versaram sobre o tema, desenvolvidos em programas de pós-graduação.
Não obstante o peso decisivo das receitas geradas pelo café para os balanços financeiros das ferrovias paulistas entre 1888 e 1917, e a centralidade da atividade cafeeira na economia paulista de então, discute-se neste artigo a especialização relativa ao nível da produção verificada em São Paulo e a questão dos fretes das ferrovias neste cenário. Parte-se da ideia de que a cafeicultura, em seu desenvolvimento, demandava a diversificação de culturas agrícolas, pois as unidades básicas de produção - as fazendas de café - não se caracterizavam unicamente pela monocultura, sendo que os nexos entre uma produção voltada à exportação e outra voltada ao mercado interno davam-se nas relações de trabalho estabelecidas entre contratantes e contratados, e nas formas pelas quais os fazendeiros expropriavam aqueles que se subordinavam aos seus interesses. Verifica-se no caso estudado o aumento simultâneo das quantidades de café e de alimentos transportadas e transacionadas pela Cia. Mogiana nos marcos da periodização proposta; porém, percebe-se estreita dependência em relação à receita gerada pelo transporte de café. Aponta-se, ainda, a especialização absoluta ao nível do crédito e da circulação (transportes) que caracterizavam este complexo econômico.
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