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Para o desenvolvimento do presente artigo, partiu-se de uma investigação de natureza qualitativa por meio de uma revisão bibliográfica, construindo reflexões sobre as concepções de língua(gem) desenvolvidas historicamente, desde a “língua(gem) como a representação do pensamento”, perpassando pela “língua(gem) como instrumento de comunicação” à concepção de língua(gem), como processo de interação (atividade discursiva)”. Elas têm o objetivo de identificar aspectos educativos e políticos que influenciaram a educação de surdos. A língua(gem) como expressão do pensamento, desde a tradição grega até o século XX, não favoreceu o reconhecimento da língua de sinais, desenvolvendo uma educação oralista, pensava-se que o surdo necessitava de oralidade para que seu pensamento não fosse deficiente. A concepção de língua(gem) como instrumento de comunicação (elaborada por Saussure, 1916), que desconsiderou a língua de sinais, porque não estabelecia um padrão, fortaleceu o ensino de Português para surdos como um código linguístico, porém, com o desenvolvimento da estrutura linguística da Libras (código) e das pesquisas na área de neurolinguística sobre a língua de sinais, fortaleceu o reconhecimento linguístico da Libras. Logo, a concepção de língua(gem) como processo de interação, com bases em estudos psicológicos (Vygotsky) e linguísticos (Bakhtin), contribuíram para o fortalecimento social e cultural dos surdos e para a implementação da política educacional bilíngue.
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