O primeiro espaço permanente dedicado às representações teatrais em Portugal foi construído em finais do século XVI por Fernando Díaz de la Torre, espanhol residente em Lisboa. Ao longo do século seguinte, inúmeras companhias espanholas se apresentaram em Portugal, divulgando o amplo repertório seiscentista castelhano que influenciaria de forma inexorável o teatro produzido em terras lusas. Naturalmente, os edifícios teatrais de Lisboa seguiam a mesma tipologia dos corrales de comedias espanhóis. No que diz respeito à América Portuguesa, os primeiros registos de teatros públicos permanentes datam do início do século XVIII, e, segundo a documentação ainda preservada, não somente os edifícios apresentavam algumas características da arquitectura teatral desenvolvida na Península Ibérica nos séculos precedentes como também o repertorio castelhano parece ter sido amplamente difundido no ultramar português. O presente artigo pretende analisar alguns aspectos relativos à actividade teatral desenvolvida na América Portuguesa nas primeiras décadas do século XVIII, em especial, a arquitectura teatral empregada e o repertório representado nos dois teatros permanentes construídos durante o reinado de D. João V: o teatro do Rio de Janeiro e a primeira Casa da Ópera de Vila Rica.
Although theatrical performances were being produced in Portuguese America since the 16th century, it was only in 1719 that the first permanent public theatre was established, offering puppet performances for locals and foreigners who visited the city of Rio de Janeiro. This paper analyses the foundation of the first permanent theatre of Brazil through primary sources and travellers’ journals. The contextualisation of the puppet theatrical activity in the early 18th-century Lisbon is also crucial to our understanding of the importance of this form of art, which figures as one of the most fascinating pages of Portuguese and Brazilian theatre history.
Considerado entre os mais importantes e versáteis compositores portugueses da virada dos séculos XVIII e XIX, António da Silva Leite ocupou posições de grande prestígio na cidade do Porto, em especial, a de mestre de música e compositor dos mais importantes conventos femininos da cidade. O presente artigo aborda o papel desse ilustre músico junto às freiras clarissas do Porto, com uma atenção especial às obras compostas para vozes acompanhadas por três órgãos, um exemplo singular na história da música portuguesa onde o património organológico previamente existente acabou por servir como agência para a produção de um repertório musical único.
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