Olhe, essas pecinhas insignificantes duram sete minutos, em média, não é? E esses sete minutos têm alguma coisa em particular, têm princípio e têm fim, destacamse e são, de certo modo, preservados da ameaça de se perderem sem mais nem menos na monotonia geral. Além disso, são ainda muitas vezes subdivididos pelas partes da peça, e estas, por sua vez, se compõem de compassos, de maneira que sempre acontece alguma coisa e cada instante recebe um certo sentido, ao qual Ouvi esta última frase repetidas vezes. "Matar o tempo" era a resposta mais comum quando perguntava aos jovens alunos do projeto que pesquisava por que tinham decidido estudar música. A pesquisa em questão, para meu doutoramento em antropologia, teve como base as atividades do Projeto Guri, programa da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo de ensino musical por meio da formação de orquestras didáticas e corais, destinado principalmente a crianças de baixa renda 1 . "Fazer música para matar o tempo" era a justificativa que se repetia tanto entre internos que estudavam violino ou canto em um pólo do
O ensaio apresenta algumas premonições de Jean Rouch - questões elaboradas pelo autor que antecedem em décadas problematizações antropológicas contemporâneas; alguns pontos de contato entre seu cinema antropológico e uma antropologia do sensível; e a história de uma sacola que revela um caso particular de apropriação das ideias rouchianas. Palavras chave: Jean Rouch. Antropologia compartilhada. Filme etnográfico. Sharing Rouch: Premonitions and provocations for a contemporary Anthropology Abstract The essay presents some of Jean Rouch’s premonitions on issues that antecede in decades some anthropological debates; points of contact between his anthropological cinema and the anthropology of the senses; and a story of a bag that reveals a particular case of appropriation of Rouch’s ideas. Keywords: Jean Rouch. Shared anthropology. Ethnographic film.
THE MUSIC AND THE RISK An ethnography of musical performance among poor children and young persons in São PauloThe research is an anthropological approach of an institutional project of musical education for poor children and youth in São Paulo (Projeto Guri), some of them under custody of Febem. The ethnography looks toward the different aspects of music making, like musical teaching, learning and performing, and tries to describe the relations of this social practice and the notions of corporality, temporality and alterity among the studied subjects.A discussion about music and anthropology introduces the thesis. The relation between music making and social intervention is the theme of the second chapter. A refl ection about the specifi city of music learning is done in the third chapter. Performance as identity-manipulation and transformation is discussed in the fourth chapter. The last chapter discusses the passage from "killing time" -the most common justifi cation for participation in projects like Guri -and living it intensely. This is done with the analysis of the temporality of the subjects, the musical timing, and the relation between them.Two videos -Prelúdio (Prelude) and Microfone, senhora (Microphone, madam) -are part of the thesis. They are audiovisual ethnographies, which, for their polyphonic and interpretative potential, dialogue with the text, allowing the reader/ spectator other reading, enjoyment and criticism possibilities for the material investigated.Keywords: anthropology of music; visual anthropology; anthropology of the senses; performance; social intervention projects for childhood and youth faz das horas na ilha de edição momentos menos isolados do que se poderia supor. Pude contar com Mariana Vanzolini em inúmeros momentos da pesquisa. Seu apoio na reprodução dos vídeos, textos e outras imagens que compõem a tese foi fundamental. Sempre presente no cotidiano do laboratório, Mariana pôde assistir as primeiras versões dos vídeos, discutindo problemas e soluções não apenas técnicos. Com Paula Morgado, além de compartilhar a experiência de fi nalizar uma tese, pude contar em várias situações da pesquisa. Sua presença no LISA e junto ao GRAVI é determinante no encaminhamento de nossas atividades de pesquisa. André Oliveira e Luciara Garcia completam o time que viabilizou, com muita disposição, a produção dos vídeos.Junto ao Núcleo de Antropologia Performance e Drama (NAPEDRA) da USP, coordenado por John C. Dawsey, desenvolvi refl exões essenciais para esta tese. Agradeço ao John e aos colegas que compartilharam as leituras sobre antropologia e performance: André-Kees,
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