Analisa duas reformas do ensino que ocuparam a cena educacional republicana no Estado do Espírito Santo, destacando, como ponto em comum entre elas, a criação de unidades modelares de ensino, visando à formação docente. Na primeira reforma, o diretor da instrução pública, Carlos Alberto Gomes Cardim (1908-1909), criou a Escola Modelo, anexa à Escola Normal, concebida como espaço de formação de professores, em consonância com o método analítico. Na segunda, o secretário da Instrução Pública, Attílio Vivacqua (1928-1930), criou a Escola Activa de Ensaio, para modelar a docência em escolas capixabas. Analisa a presença da pedagogia renovadora no Espírito Santo na primeira década do século XX, pavimentando o caminho para a segunda onda escolanovista, mais intensa, em que a Escola Modelo, definida como Escola Activa de Ensaio, se deslocou para o imponente prédio do Grupo Escolar Gomes Cardim, um ano após a sua inauguração, em 1927. Sob a batuta de Deodato de Moraes, articulavam-se o Curso Normal, o Grupo Escolar, o Curso Superior de Cultura Pedagógica e a Escola Activa de Ensaio, para a qual convergiam também práticas dos alunos do 4º ano da Escola Normal Pedro II e das escolas normais particulares de Vitória. Palavras-chave: Escola modelo; Escola ativa; Formação de professores; Espírito Santo.