RESUMOObjetivo: caracterizar e comparar o desempenho das crianças com diagnóstico de gagueira nos testes de padrão temporal, com crianças sem queixas e/ou sinais de transtornos psiquiátricos ou neurológicos, dificuldades de fala, audição, linguagem e/ou aprendizagem. Método: participaram 30 crianças entre 9 e 12 anos de idade, de ambos os gêneros, divididas em dois grupos: GI -15 crianças com gagueira desenvolvimental persistente; GII -15 crianças sem queixas e/ou sinais de transtornos psiquiátricos ou neurológicos, dificuldades de fala, audição, linguagem e/ou aprendizagem. Para avaliação do processamento auditivo temporal, foi aplicado os Testes Tonais Conflito de interesses: inexistente repetição de sons, de sílabas e palavras monossilá-bicas, prolongamentos e bloqueios, geralmente em mais de 3% da fala 5,6 . Embora a etiologia da gagueira ainda não tenha sido precisamente identificada, as pesquisas atuais têm mostrado que fatores genéticos estão envolvidos na sua transmissão 7 . Acredita-se que os fatores genéticos podem afetar pequenas e sutis mudanças na estrutura e função do cérebro. Gagueira é multidimensional 6 , na qual inúmeros fatores, como biológicos, psicológicos e sociais interagem de forma complexa, influenciando o desenvolvimento pessoal e as interações sociais do indivíduo que gagueja. Dentre os fatores bioló-gicos, destacam-se as habilidades auditivas como um fator que influencia na fluência da fala, pois estudos mostraram a associação entre gagueira e processamento auditivo [8][9][10] e o uso da retroalimentação auditiva atrasada (RAA) no tratamento da gagueira 11 .
INTRODUÇÃOGagueira desenvolvimental persistente (GDP) é um transtorno da fluência que se manifesta por rupturas involuntárias no fluxo da fala, que se inicia na infância e que pode persistir na fase adulta [1][2][3][4] . Este distúrbio é caracterizado por excessiva
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