Objetivo: Compreender a extensão dos componentes do Método Clínico Centrado na Pessoa na prática da acupuntura a partir da percepção dos usuários. Métodos: Por meio de uma pesquisa qualitativa com grupo focal, buscou-se entender como a acupuntura faz a pessoa perceber suas experiências de saúde e doença; intensifica a percepção da pessoa enquanto ser integral; viabiliza a pessoa se sentir participante do processo de cuidado; auxilia na intensificação da relação médico-pessoa. Resultados: Emergiram temas que versavam sobre emancipação, autoconhecimento, integralidade, vínculos e afetos, que foram sistematizados nas categorias: A prática integrada do MCCP/MTC produzindo rizomas; Unidade mente-corpo no contexto do cuidado; Percepção de uma anatomia emocional e MCCP E MTC como reconfiguradoras do Circuito dos Afetos. Conclusões: O estudo reflete, a partir da percepção dos usuários, a utilização dos conhecimentos advindos de outras racionalidades para potencializar o cuidado realizado na Atenção Primária à Saúde.
A política de saúde brasileira apresenta como diretrizes para a assistência à saúde as ações consideradas padronizadas, como as programáticas, e as ações singulares, como as de humanização. Na Atenção Primária à Saúde (APS), a apropriação por parte de gestores e profissionais das diferentes ações tem-se dado de forma gradual, por meiode diversas intervenções por ambas as partes. Com o objetivo de analisar a capacidade de uma Equipe de Saúde da Família (ESF), em contexto real, alcançar as metas propostas pelas ações programáticas, aliadas ao desenvolvimento de ações singulares, foi desenvolvida esta pesquisa. A partir de parâmetros assistenciais nacionais e internacionais para ações médicas na APS, foram realizadas projeções da capacidade assistencial, através de modelos de programação de resultados e do cálculo do índice de pressão assistencial (equação Stockmeier) de uma determinada ESF. As projeções foram então apresentadas à equipe em formato de grupo focal, no qualas contribuições foram analisadas qualitativamente. Assim, com os resultados da pesquisa, o presente estudo é útil no embasamento para se repensar as metas e parâmetros da APS.
O uso medicinal de Cannabis tem registros históricos que datam aproximadamente de 3.000 anos a.C. e persistiu em diversos momentos da história. Os estudos clínicos sobre esse uso iniciaram-se na década de 1960, porém as pesquisas foram interrompidas em razão da política proibicionista do uso de Cannabis, reconhecido como droga ilícita. O retorno das pesquisas nos anos 1990 ratificou os efeitos terapêuticos dessa planta, tornando-a um potencial recurso a ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde, com acesso pela Atenção Primária à Saúde. Com este ensaio, propomos refletir sobre o papel da Medicina de Família e Comunidade enquanto especialidade relevante no manejo terapêutico de Cannabis medicinal. Essa reflexão parte dos princípios da especialidade e do Sistema Único de Saúde, assim como é fundamentada nas evidências clínicas quanto ao uso medicinal da maconha.
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