Este texto abarca um diálogo acerca da composição do quadro profissional designado para garantir os direitos linguísticos e a promoção da educação bilíngue de estudantes surdos no âmbito dos sistemas federal, estaduais e distrital de ensino. De caráter documental, o estudo envolveu a coleta dos Planos Nacional, Estaduais e Distrital de Educação no portal “PNE em Movimento”. Na sequência, os excertos indicativos dos profissionais destinados a atuar na educação de surdos foram selecionados e exibidos em mapas, sob o formato de legendas, permitindo ativar a interlocução com e entre as propostas investigadas. Múltiplas composições do quadro profissional foram identificadas, e diferentes denominações apontaram perfis e modos de atuação distintos dos profissionais especializados para atuar na educação de surdos. Todavia, prevalece a indicação da provisão de intérpretes de Libras, seguida da oferta de professores do Atendimento Educacional Especializado, de professores bilíngues e, por fim, de professores e/ou instrutores de Libras, prioritariamente surdos. Mediante esse panorama, é possível pontuar avanços nas pautas educacionais relativas ao atendimento educacional de estudantes surdos, por outro lado, nota-se a ausência de propostas que sustentem a consolidação de um projeto educacional bilíngue fundamentado na equiparação de status entre línguas - Libras e a Língua Portuguesa, o qual permita transcender a lógica da subordinação da primeira em relação a segunda e, por conseguinte, dos surdos nos processos educacionais ao impulsionar o bilinguismo como um dos pilares da inclusão e da formação linguística e acadêmica nas escolas brasileiras.
Resumo De caráter ensaístico, este texto contempla o diálogo entre os estudos surdos com viés pós-estruturalista e a filosofia da linguagem para abordar a diferença como não coincidência. Nele, a experiência da surdez é tratada como um evento singular, problematizando o aprisionamento dos corpos dos surdos às representações fixas, em nome de um projeto homogeneizador marcado pela reprodução da identidade. Ninguém se afirma, pois a força universalista da padronização linguística é diretamente proporcional a invisibilidade daqueles que ouvem e oralizam. Entretanto, afirmar-se evidencia a insubmissão dos surdos ao projeto monolíngue e monocultural ouvinte e denuncia a tentativa de fixação da identidade ditada pelos cânones da normalidade. As relações opositivas que marcam a identidade surda e a normalidade ouvinte trazem consigo a impossibilidade do diálogo, mantendo invisíveis os clamores das mãos que sinalizam nos territórios habitados por vozes inacessíveis aos ouvidos dos surdos, na contramão da alteridade.
Este artigo tem como objetivo central apresentar resultados das reflexões realizadas em nível de iniciação científica, sobre as possibilidades de se propor um novo diálogo sobre a educação brasileira e a cultura humana, ancorado em teorias, em educadores, e em práticas pedagógicas que centram a atenção no ser humano, apesar de um diálogo já existente, não muito animador, orientado por um discurso oficial, e as políticas públicas que dele decorrem, e por outros vários “oficiosos”.
O desenvolvimento de políticas inclusivas e o empenho pela universalização da educação básica culminaram em intervenções voltadas para a expansão da Educação Superior. Nesse movimento, estudantes com defi ciência passaram a pleitear vagas no Ensino Superior. Sob tais circunstâncias, nos propomos a investigar as normativas que orientam os processos seletivos de três universidades públicas brasileiras, a fi m de identifi car os esclarecimentos prestados aos candidatos com deficiência quanto à inscrição, realização e correção das provas. De caráter teórico-documental, o tratamento e análise dos materiais recolhidos depreenderam das contribuições da abordagem teórica da produção desentidos, proposto por Spink. Os resultados evidenciaram restrições na oferta de atendimento especializado aos vestibulandos com defi ciência em conformidade com as recomendações e normativas educacionais vigentes.Palavras-chave: Políticas Públicas, defi ciência, vestibular, acessibilidade, ensino superior.
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