O estudo da Paisagem contribui no entendimento das questões de conservação e mitigação de impactos ambientais em bacias hidrográficas. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo realizar as análises da transformação antrópica e morfométrica da Bacia Hidrográfica do Córrego Piraputanga, no município mato-grossense e brasileiro de Cáceres. Para a geração de mapas de cobertura vegetal e usos de 1980 a 2020 e as análises de Transformação Antrópica, Lineares e Areais utilizou-se ferramentas geotecnológicas. A Pecuária aumentou nos anos pesquisados, ocasionando o desmatamento e a fragmentação da vegetação. Ainda assim, o estado de conservação da paisagem permaneceu regular nos anos investigados. A bacia apresenta formato alongado e baixa quantidade de cursos hídricos e menor capacidade de desenvolvê-los. A bacia é do tipo sinuosa e a bifurcação indica que o número de canais decresce em média 3 a 4 vezes ao passar de uma ordem inferior para uma superior, indicando um relevo colinoso. Concluiu-se que a inserção dos diferentes tipos de usos da terra, ao longo do tempo, causou a fragmentação da cobertura vegetal da bacia, que poderá futuramente implicar desfavoravelmente no estado de conservação da paisagem.
A conservação das matas ciliares dos cursos hídricos influencia na disponibilidade hídrica e, consequentemente, na sobrevivência da fauna e flora terrestre e aquática. Objetivou-se analisar a dinâmica espaço-temporal da cobertura vegetal e uso antrópico na Área de Preservação Permanente (APP) do córrego Sangradouro em Cáceres/MT e suas implicações nos aspectos físico-químico da água. O mapeamento dos usos do solo e da cobertura vegetal da APP dos anos de 2006 e 2011 foi realizado através do processamento digital de imagens de alta resolução em Sistemas de Informação Geográfica. Foram realizadas análises da água, no período seco e úmido, avaliando-se pH, Saturação de Oxigênio, Oxigênio Dissolvido, Temperatura da água e do ar, profundidade, transparência e condutividade. Os resultados evidenciaram que 14,82% da vegetação predominante no córrego foi suprimida, sendo substituída pela classe área construída. Foi verificada a perda da qualidade da água no trecho localizado no espaço urbano, devido possivelmente à utilização da área de APP. Conclui-se que a supressão da vegetação e/ou sua substituição por construção tem implicado perda de qualidade da água, sendo de suma importância que as margens do córrego Sangradouro não ocupadas sejam revegetadas e a rede de esgoto da cidade seja direcionada para uma estação de tratamento.
RESUMO: O extrativismo vegetal é uma atividade realizada desde os primórdios da civilização, praticada pelos povos nativos que habitavam o território brasileiro há mais de quinhentos anos, na atualidade, vários agricultores familiares de assentamentos e comunidades rurais desenvolvem a prática do extrativismo. Este trabalho visa investigar a produção extrativista, com abordagem sobre coleta, processamento, comercialização e sustentabilidade do extrativismo desenvolvido pelos agricultores familiares da região Sudoeste Mato-grossense, contidos na bacia do Alto Paraguai. O estudo de campo foi conduzido entre março e julho de 2012. Foram identificados a atividade extrativista de frutos do Cerrado em três assentamentos: a) Bom Jardim/Furna São José, b) Corixo, e c) Margarida Alves, o que encaminhou a definição do universo de pesquisa a corresponder a 100%. As informações foram coletadas através de entrevistas semiestruturadas, posteriormente foram elaboradas cartas-imagem dos assentamentos, com destaque para as áreas de coleta via Geotecnologias. Conclui-se que a produção extrativista na área de estudo é praticada por trinta famílias que coletam cumbaru (Dipteryx alata), pequi (Caryocar brasiliense) e babaçu (Attalea speciosa), para alimentação e para complementar a renda via comercialização de subprodutos dos frutos nos próprios assentamentos e via mercado institucional (políticas públicas). Os agricultores familiares praticam um extrativismo sustentável, pois retiram em média de 14% a 34% dos frutos do ambiente, deixando o restante para a alimentação da fauna silvestre; utilizam práticas sustentáveis, com destaque para produção de mudas para enriquecer as áreas de coleta, contribuindo para a regeneração de novas espécies e o crescimento populacional das fruteiras nativas da região.
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