Resumo O envelhecimento é um processo natural do ser humano, mas que socialmente acarreta exclusão do indivíduo da comunidade em que está inserido. De modo a contornar tal situação e reinserir o idoso na sociedade, instituições têm oferecido cursos especiais, com ênfase para os cursos de língua estrangeira (PEREIRA, 2005). O presente relato é fruto de uma experiência de ensino de língua italiana para alunos idosos, e tem como objetivo enfatizar os fatores motivadores que levaram tal público às aulas de língua estrangeira, suas crenças, dificuldades e necessidades, bem como a concepção do aluno idoso sobre a cultura da língua meta (HALL, 2011; KUMARAVADIVELU, 2012). Ressaltamos alguns conflitos que se mostraram evidentes em sala de aula e que estão em concordância com os estudos atuais.
O presente trabalho aborda o universo das cores em relação às singularidades de cada subdomínio cromático. Segundo Arcaini (1991), toda língua natural é caracterizada pelo relativismo cultural e cada sistema linguístico descreve o universo cromático de uma forma única. Para Berlin e Kay (1969), o princípio da relatividade linguística sustenta que cada cultura tem a sua forma de compreender e experienciar a realidade e, portanto, cada língua tem suas próprias particularidades semânticas que a difere das demais. Por conseguinte, o léxico é a representação formal da percepção da realidade, reproduzindo a categorização do conhecimento pelo ser humano. Nesse contexto de diferenças e similaridades, o Dicionário Multilíngue de Cores (DMC) tem sido desenvolvido na Universidade Estadual Paulista, campus de São José do Rio Preto, como um projeto multidisciplinar, envolvendo as línguas portuguesa, italiana, inglesa, francesa e espanhola. O objetivo deste estudo é apresentar as simetrias e dissimetrias verificadas nas direções italiano-português-inglês e português-italiano-inglês. Discutiremos dados culturalmente marcados, indicadores de que os casos de simetria são menos dependentes de fatos culturais específicos, ao contrário das dissimetrias que estão relacionadas a especificidades culturais.
A virada do século XX para o século XXI no contexto brasileiro é acompanhada por uma nova leitura sobre o conceito de formação linguística do indivíduo. Nesse cenário, a atenção volta-se para as tecnologias que atuam como instrumentos de apropriação das línguas, bem como para a sua eficácia. O presente trabalho segue uma orientação lexicográfica a partir de uma perspectiva multidisciplinar e tem como objetivo provocar a reflexão sobre o uso do dicionário em sala de aula. Expomos um breve panorama sobre as políticas linguísticas no Brasil (BAGNO; RANGEL, 2005; TORQUATO, 2010; OLIVEIRA, 2013), em especial as tentativas de reinserção do dicionário no cotidiano do cidadão brasileiro (BOLZAN; DURÃO, 2011; KRIEGER, 2005; 2012; PONTES; SANTIAGO, 2009; PONTES, 2009, 2014). Em segundo lugar, analisamos a forma como isso vem sendo estimulado pelo Estado no dia a dia em sala de aula. Para tanto, tomamos como base o material de apoio para o Ensino Médio fornecido para as escolas públicas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Apesar dos esforços tanto por parte do Governo Federal quanto do Estado de São Paulo para nortear a aprendizagem, observa-se a falta de direcionamento da manipulação de dicionários, glossários e enciclopédias, além da falta de estímulo quanto ao uso das obras de referência em sala de aula.
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