Este artigo tem por objetivo tratar a questão do empreendedorismo social e sua relação com outras organizações e com o Estado brasileiro. São tratadas questões relacionadas à atuação de organizações do terceiro setor - campo onde atuam as Sociedades Civis de Interesse Público (OSCIPs) - e o empreendedorismo social. Foram analisados artigos e trabalhos que abordam o tema do empreendedorismo, notadamente sua origem e finalidades, bem como a atuações de determinadas formas de organizações, aqui compreendida como aquelas auxiliares nas ações dos empreendedores sociais para a realização de uma dada missão social. Faz-se ainda uma apresentação da reestruturação organizacional do Estado até a criação da Lei das OSCIPs, com ênfase para a atuação do terceiro setor, especialmente no que se refere à necessidade estatal de prover benefícios sociais e de gerar indicativos de participação da sociedade, fatos que levaram o Estado a redirecionar suas estratégias de atuação. Como resultado da revisão realizada, constatou-se a difusão do conceito de empreendedorismo social no Brasil por meio da criação de organizações representativas, bem como no acréscimo de recursos investidos no setor. Constatou-se ainda que, para suprir determinadas necessidades da população, é esperado que os empreendedores sociais mostrem capacidade de inovar, de usufruírem de oportunidades de mercado e de serem capazes de aperfeiçoar suas ações, com o objetivo de obter resultados, sejam eles qualitativos ou quantitativos. O processo de legitimação do conceito de empreendedorismo social aparece, assim, altamente relacionado à idéia de geração de benefícios sociais, o que é fundamental para que os empreendedores sociais possam se estruturar por meio de entidades, receber apoio e formar uma rede de atuação no campo social.
Resumo: Parte dos hospitais em São Paulo é administrada por entidades qualificadas: "Organizações Sociais de Saúde". O objetivo deste artigo é compreender as mudanças ocorridas no espaço, configurações e oposição. Com abordagem qualitativa, a metodologia envolveu pesquisa de campo e bibliográfica sobre as organizações, origem, divergências e especificidades. Como resultado evidenciou-se quais são as organizações atuando na saúde e que sua escolha é individual do secretário de saúde. A oposição a tal arranjo é composta por sanitaristas, conselhos e sindicatos, a busca por legitimação advém de eventos com autopromoção, discursos unívocos e publicações. A distribuição dos hospitais e do local de atuação das Organizações Sociais de Saúde revela a ocupação territorial na saúde do estado.
IntroduçãoObservando-se a dinâmica organizacional a partir dos anos de 1990, é possível estabelecer conexões que elucidam o crescimento na atuação e a presença dos intermediários nos espaços sociais. Os processos de organização reconfiguram o controle das organizações, como resultado da crescente influência do campo financeiro nas formas de gestão e nos conteúdos gerenciais das empresas (Fligstein, 1990; Useem, 1993).O papel de intermediário na implantação de mudanças organizacionais, em um primeiro momento associado exclusivamente à figura do "consultor", foi gerado por tais reestruturações empresariais (Donadone, 2010a). Nesse contexto, as posições gerenciais passam a ser legitimadas não somente pelas disputas internas às empresas, mas também pela capacidade de adquirir e gerenciar capitais oriundos de investimentos em outros campos de poder (Bourdieu, 2000). Tal foi o caso no florescente mercado de consultoria (de ex-gerentes, inclusive) e de cursos de mba, bem como na aproximação do espaço acadêmico com respeito ao mundo empresarial, do que são exemplos emblemáticos as consultorias e as fundações universitárias.Os formatos e as possibilidades de desenvolvimento das carreiras gerenciais tornam-se convergentes com aqueles praticados nas empresas centrais do setor de consultoria, proporcionando uma realimentação da posição e do ideário das consultorias no tecido organizacional.
Sistemas integrados de produção agrícola: uma alternativa sustentável aos sistemas de produção especializados Integrated agricultural production systems: a sustainable alternative to specialized production systems
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