Dentre os resíduos produzidos na avicultura de corte, o principal subproduto é a cama de frango. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização de cama de frango in natura (não fermentada) e fermentada na adubação de sementes de milho e soja. A cama de frango coletada e obtida na terceira utilização nos galpões de criação de aves. Uma parte do composto foi armazenada durante 15 dias e mantido sob refrigeração (CSF) e a parte (CFF), foi fechada, armazenada em temperatura ambiente por 15 dias. Os experimentos foram conduzidos na casa de vegetação do IFMG – Campus Bambuí. Foram plantadas 10 sementes de cada cultivar por vaso, totalizando 84 vasos em DIC, divididos para os três tratamentos e posteriormente, foi avaliado o índice de germinação, análises físico-químicas e quantificação de microrganismos amonificantes. Observou-se um enriquecimento nos níveis de macronutrientes e micronutrientes dos solos dos dois tratamentos com resíduo em comparação ao controle. Porém, a quantidade de microrganismos amonificantes do solo reduziu de forma brusca no tratamento com CFF e o pH do solo tornou-se mais alcalino nos tratamentos com resíduos. A adição de cama de frango ao solo na proporção utilizada no estudo (21ton/ha) causou morte germinativa de todas as sementes dos tratamentos CSF e CFF, não sendo possível a análise do teste de germinação nestes tratamentos. O trabalho indica que a cama de frango, utilizada nas condições experimentais do estudo, é fitotóxica, não sendo, assim, recomendada a sua utilização direta em culturas na concentração testada, mesmo fermentada por 15 dias.
O Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG - Campus Bambuí busca, desde 2015, por meio do Mestrado Profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental, estudos na área de sustentabilidade e meio ambiente com foco na sustentabilidade, apresentando maneiras de uso responsável de recursos naturais e sustentáveis. As Tecnologias Sociais são intimamente ligadas ao Meio Ambiente e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa ligação traz para a população diversos saberes, desde conhecimentos populares e hábitos higiênicos até conceito de resolução de problemas da sociedade. A Tecnologia Social foi a ferramenta que possibilitou criar este documento, baseado na dissertação intitulada “Uso de cama de frango fermentada e não fermentada na adubação de culturas agrícolas”, com defesa apresentada em 2022. A cama de frango gerada pela produção avícola é uma grande preocupação para o meio ambiente, por se tratar de um subproduto da produção com alto potencial contaminante. Por outro lado, é um subproduto usado como adubo, rico em nutrientes que incorporam excelentes níveis nutricionais ao solo. Ao tratar do tema de destinação de cama de frango, enfrentamos um problema ambiental e social. Este documento apresenta ao produtor rural a importância de se entender a devida forma do descarte da cama de frango quando não for mais usada na criação. A cama de frango não pode ser utilizada para a adubação logo após a sua retirada do galpão. Ela deve passar por processos biológicos como compostagem, fermentação e biodigestão, os quais vão garantir que seus nutrientes estejam preparados e disponíveis para as plantas cultivadas.
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