Esta história deriva de uma investigação participante realizada no Assentamento Osiel Alves. Os tres autores estão diretamente envolvidos com a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN): a primeira autora é recém-formada em Pedagogia pela UERN; a segunda e o terceiro são professores da mesma universidade. A partir da experiência com os camponeses do assentamento Osiel Alves e outros acampamentos/assentamentos vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), torna-se possível compreender a forma como os adultos se relacionam com as crianças por meio das cantigas infantis na hora da peneira, pela liberdade de expressão, do olhar das crianças sobre si mesmas e das brincadeiras.
Como fruto de reflexões resultantes do projeto de ensino “Literatura Infantil e Educação Ambiental: pensando os ensinos de geografia e ciências” e do “Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur – GEASur/UERN”, ambos institucionalizados na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), o presente texto - buscando reafirmar a importância de se inserir a criança, desde cedo, no debate científico -, tem como foco analisar as obras “O boitatá e os boitatinhas” e “Rã de três olhos”, visando refletir sobre as possibilidades de uso dessas obras junto ao Ensino de Ciências, em especial junto à Educação Ambiental.
Timor-Leste é considerada a primeira democracia a se estabelecer como tal no século XXI. Com a invasão indonésia em 1975, houve investimento na construção de escolas - desde a educação infantil até o ensino superior - baseadas em um ensino ideologicamente integracionista e opressor. Em contrapartida, internamente a luta pela restauração da independência contra a invasão indonésia liderada pela Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, iniciou-se um processo de Educação Popular que teve grande influência teórica de Paulo Freire, Mao Tsé-Tung e Amílcar Cabral. Esse processo estava ligado à conscientização política e ao conhecimento cotidiano dos próprios educandos em prol de um ensino contextualizado às necessidades de luta. Dentre as manifestações dessa pedagogia, destacam-se no presente artigo, as escolas populares de saúde, que por meio dos conhecimentos externos (ciência moderna) somados aos saberes locais a Timor, criaram-se centros de saúde, onde eram produzidos medicamentos, oferecidos serviços de saúde à população e realizada a formação de paramédicos para atuarem em meio guerrilha. O objetivo do presente estudo será de realizar apontamentos acerca da educação popular em Timor-Leste, com destaque para as escolas populares de saúde, bem como realizar uma leitura epistemológica. Assim, o presente artigo caracteriza-se como um estudo historiográfico que tem como dados fontes distintas (provenientes da literatura e empíricos oriundos das entrevistas). De forma mais específica, a coleta de dados, deu-se por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas semi-estruturadas com os principais envolvidos na Educação Popular atual de Timor-Leste.
Timor-Leste é considerada a primeira democracia a se estabelecer como tal no século XXI, sendo que seu passado foi marcado por invasões: Portugal (1515-1975), num primeiro momento e Indonésia (1975-1999) num segundo. Num primeiro momento, com o processo de colonização português, muito pouco se fez para Timor, principalmente ao que se refere a educação, sendo esta uma ação política. Com a invasão indonésia em 1975, após o curto período de independência, foi-se muito investido na construção de escolas, desde a educação infantil até o ensino superior, baseando-se no ensino ideologicamente integracionista. Internamente a luta pela restauração da independência, a Educação foi uma das armas para que assim Timor conquistasse a restauração da independência em 2002. Através da Frente de Timor-Leste Independente (FRETILIN), iniciouse um processo de Educação Popular que teve grande infl uência de Paulo Freire. Esse processo educativo, ligado à conscientização política, baseou-se no conhecimento cotidiano dos próprios educandos e num ensino contextualizado as necessidades da luta. Desta forma, pretendeuse realizar apontamentos acerca da Educação Popular em Timor-Leste, levando em conta a infl uência de Paulo Freire, utilizando-se de material relacionado à história da educação em Timor-Leste e Educação Popular em Timor-Leste, além de entrevistas realizadas com o Professor Dr. Antero Benedito da Silva e com o sr. Alberto, vice residente do movimento social do campo de Timor denominada União dos Agricultores de Ermera (UNAER).Palavras-chave: Educação Popular. Paulo Freire. Timor-Leste.Paulo Freire and popular education in East Timor: a history of liberationABSTRACTEast Timor is considered the fi rst democracy to be established as such in the twenty-fi rst century and its past is marked for invasions: Portugal (1515-1975) at fi rst and Indonesia (1975-1999) in a second. At fi rst, the process of Portuguese colonization, very little has been done to Timor, mainly education which is a political action. After Indonesian invasion in 1975, after the short period of independence, it was-very invested in the construction of schools, from kindergarten to higher education, based on the integrationist ideological education. During this process, internally the struggle for restoration of independence, education was one of the weapons so that Timor conquered the restoration of independence in 2002. Through the Front of Independent East Timor (FRETILIN), began a process of Popular Education which had great infl uence of Paulo Freire. This educational process, linked to political awareness, was based on the everyday knowledge of their own students and a teaching contextualized the fi ghting needs. Thus, the aim was to make notes about the Popular Education in East Timor, taking into account the infl uence of Paulo Freire, using material related to the history of education in East Timor and Popular Education in East Timor, and interviews with Professor PHD Antero Benedito da Silva and with Mr. Alberto, the vice president of the social movement of the countryside Farmers Union of Ermera (UNAER).Keywords: Popular Education. Paulo Freire.East Timor.Paulo Freire y la educación popular em Timor Leste: una historia de liberaciónRESUMENTimor Oriental es considerada como la primera democracia que se establecerá como tal en el siglo XXI, y su pasado estuvo marcado por las invasiones: Portugal (1515-1975), en la primera e Indonesia (1975-1999) en un segundo. En un primer momento, el proceso de colonización portuguesa, muy poco se ha hecho para Timor, se refi ere principalmente a lo que la educación, que es una acción política. Con la invasión de Indonesia en 1975, después del breve período de independencia, se levanta muy invertido en la construcción de escuelas, desde preescolar hasta la educación superior, en base a la educación ideologicamente integracionista. Internamente, la lucha por la restauración de la independencia, la educación era una de las armas para que Timor conquistó la restauración de la independencia en 2002. A través del Frente de Timor Oriental Independiente (FRETILIN), se inició un proceso de educación popular que tuvo gran infl uencia de Paulo Freire. Este proceso educativo, vinculado a la conciencia política, se basó en el conocimiento cotidiano de sus propios estudiantes y una enseñanza contextualizada las necesidades de lucha. De este modo, se pretende llevar a cabo notas sobre la educación popular en Timor Oriental, usando el material relacionado con la Historia de la educación en Timor-Leste y Educación Popular en Timor Oriental, teniendo en cuenta la influencia de Paulo Freire, así como entrevistas con el profesor Dr. Antero Benedito da Silva y el Sr. Alberto, vice residente del campo de Timor movimento social denominado Unión de Agricultores Ermera (UNAER).Palabras clave: la educación popular. Paulo Freire. Timor-Leste.
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