Recebido em 5/1/12; aceito em 13/7/12; publicado na web em 29/11/12 A REVIEW ON CHEMICAL TREATMENT OF NATURAL FIBER FOR MIXING WITH POLYOLEFINS. The use of natural fibers as reinforcement in polymer composites has been a focus of interest. However, these composites exhibit lower mechanical properties than those of pure polymers because of the low interfacial interactions between the hydrophobic polymer matrix and the hydrophilic fiber. To overcome this problem, different chemical treatments applied to the fibers have been reported. One of the most used treatments is mercerization, which can improve adhesion between the fiber and polymeric matrix. Another chemical treatment involves the use of acids (stearic and oleic acids). The chemically treated fibers used in composite materials showed improved mechanical properties.Keywords: natural fibers; chemical treatment; composites. INTRODUÇÃOOs resíduos da agricultura são constituídos principalmente de fibras vegetais, cujo componente químico principal é a celulose. Esses resíduos naturais podem ser facilmente misturados a materiais termoplásticos para a produção de compósitos. [1][2][3] As fibras vegetais oferecerem vantagens como baixo custo, baixa densidade, excelente resistência a solventes e à temperatura. Além disso, são atóxicas e não abrasivas, sendo facilmente modificadas por agentes químicos. 2Essas características tornam as fibras vegetais materiais tecnologicamente interessantes em diversas aplicações, como em carpetes, vasos, cordas, telhas, estofados de automóveis, colchões, entre outras.1-6 Entre os exemplos de fibras naturais brasileiras estão as fibras de coco, da bananeira, da palma, de curauá, de sisal, de juta, do bagaço de cana-de-açúcar, das palhas de arroz e trigo, da piaçava, do algodão.Apesar das excelentes propriedades e vantagens quanto à utilização, as fibras naturais apresentam também algumas desvantagens quando utilizadas como cargas em compósitos poliméricos, como desempenho mecânico inadequado, baixa termoplasticidade e temperatura de processamento, alta absorção de umidade e incompatibilidade com termoplásticos mais comuns. [7][8][9] A maior parte dos problemas relacionados às fibras naturais se deve aos grupamentos hidrofílicos presentes em sua estrutura química. Esses grupos conferem às fibras naturais uma característica polar, enquanto os polímeros olefínicos são apolares. Misturas entre diferentes materiais apresentam uma interação interfacial muito fraca, o que resulta em produtos finais com propriedades mecânicas inferiores às dos polímeros puros. Para se obter uma mistura polimérica uniforme e com boas propriedades, é necessário aumentar a interação entre os componentes, o que pode ser conseguido submetendo a fibra, ou o polímero, a um tratamento químico. 4,[9][10][11][12][13] Tratamentos químicos na fibra natural vêm sendo amplamente pesquisados e utilizados. Entre eles, podem-se citar a mercerização, o tratamento com ácidos, com grupos silano, acetil, isocianato, permanganato e peróxido. Esses tratamentos atuam melhorando a in...
IntroduçãoA Ressonância Magnética Nuclear (RMN) é considerada uma espectroscopia de extrema importância e versatilidade para se estudar, em nível molecular, a estrutura e a dinâmica molecular de macromoléculas complexas, como as fibras naturais, por exemplo. Essa técnica permite a caracterização das interações moleculares existentes entre os componentes da fibra natural [1,2] . Somando, a relaxometria por RMN é uma técnica importante para caracterização de materiais [3,4] . As fibras naturais têm cinco componentes básicos: celulose, hemicelulose, pectina, lignina e extrativos (gorduras, proteínas e sais inorgânicos). A celulose (40 a 90% em massa da fibra) é responsável pela resistência das fibras devido ao seu alto grau de polimerização e orientação molecular. É um polímero linear cristalino formado por unidades β-D-glicopironases unidas por ligações glicosídicas. A hemicelulose (1-30% em massa) é uma variedade de moléculas complexas, amorfas e de unidades β-D-xilose, β-D-manose, β-D-glicose, α-L-arabinose e ácido β-D-glicurônico. Essas unidades são formadas por cadeias de carbono com um grupo hidroxila, exceto os que podem estar na forma de carbonila ou em ligação hemiacetal. A lignina, segundo maior componente em massa (1-35% em massa), é uma macromolécula formada por um sistema aromático, reticulado, com elevada massa molar, amorfo e com unidades de fenilpropano (Figura 1) [5,6] . Apesar de o Brasil ser o maior produtor e consumidor mundial de banana, a fibra de bananeira é pouco utilizada e estudada. Setores que vem consumindo essa fibra são o têxtil e o de papel [5] . A fibra de bananeira é produzida a partir das bainhas foliares extraídas do pseudocaule da bananeira, que equivale a seu tronco, sendo possível retirar cinco tipos diferentes de fibras, desde a mais áspera até a de textura mais fina [7][8][9] . Outro setor que vem se desenvolvendo e crescendo é o de compósito, no qual as fibras naturais são utilizadas como carga. Esse crescimento se deve ao fato dessas fibras apresentarem diversos benefícios em relação às fibras sintéticas. O estudo da estrutura molecular dos componentes da fibra permite o conhecimento de sua estrutura química e, consequentemente, implica em sua melhor utilização como carga em uma matriz apolar, dando origem aos compósitos com melhores propriedades [10][11][12][13] . Para saber como os diferentes componentes das fibras estão interagindo entre si, pode-se utilizar a técnica de relaxação nuclear do núcleo de hidrogênio por RMN de sólidos. Uma das maiores dificuldades dessa técnica tem sido a sua baixa sensibilidade, uma vez que as diferenças entre os níveis energéticos nas transições de ressonância magnética nuclear são baixas ocasionando uma diferença de população de spins pequena. No entanto, nos últimos anos têm-se verificado diversos avanços na técnica que tem permitido contornar este problema [14][15][16] . Na ressonância, a energia é transferida da radiação de radiofreqüência emitida para o núcleo. Assim, ocorre uma mudança na orientação do spin do núcleo, ou seja, muda a...
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