A sucessão geracional em propriedades rurais, em especial do Sul do Brasil, é caracterizada por um modelo sucessório tardio em que os pais esperam os limites da idade para passar a gestão dos negócios e o patrimônio aos filhos. No entanto, as possibilidades da migração juvenil rural impõem novas perspectivas quanto à sucessão, podendo gerar modelos distintos. O objetivo deste artigo é discutir as formas como vem ocorrendo a sucessão geracional em propriedades rurais buscando identificar a possibilidade de elaboração de novos arranjos referentes ao processo sucessório. O espaço empírico da coleta de dados foi o município de Cruz Alta – RS, através da realização de 31 entrevistas com produtores rurais com sucessão geracional nas propriedades. Para a análise e elaboração dos modelos foram consideradas três variáveis: local de moradia; administração do negócio e gerenciamento da renda. Os resultados apontam uma diversidade de modelos sucessórios. No total, foram elaborados seis modelos que demonstram que a sucessão geracional vem ocorrendo de distintas formas incluindo a possibilidade de os sucessores residirem no meio urbano, com maior ou menor autonomia no gerenciamento dos negócios e da renda. Estes resultados sugerem que o processo da sucessão geracional em propriedades rurais vem acontecendo em propriedades em que os pais motivam a permanência dos filhos garantindo a eles autonomia no gerenciamento de atividades produtivas, moradia e renda como forma de fomentar a sua permanência.
Este artigo tem como objetivo discutir os aspectos internos das famílias e das propriedades que motivam a sucessão, mais especificamente as estratégias lançadas pelos pais como forma de motivar os filhos a permanecerem nas propriedades e nos negócios familiares. O estudo foi realizado no município de Cruz Alta, estado do Rio Grande do Sul, através de entrevistas semiestruturadas, realizadas com 31 produtores rurais. Considerando os resultados das táticas fomentadas pelos pais, é possível constatar a existência de seis tipos: 1) estratégia relacionada à ocupação; 2) estratégias de autonomia; 3) estratégia de novos investimentos; 4) estratégia de fornecimento de estudo; 5) estratégia de ocupação urbana; e 6) estratégia de doação de bens. Os esquemas destacados anteriormente revelam que a sucessão geracional perde o caráter de acontecimento natural como era nas gerações passadas quando os filhos permaneciam na propriedade por obrigação moral, pelo amor a terra e para manter a coletividade da família e a reprodução do patrimônio ao longo das gerações. Hoje, os agricultores entrevistados demonstram que é preciso motivar a sucessão entre os filhos. Esta condição mostra que os pais estão preocupados com a manutenção dos negócios e do patrimônio e fazem um esforço para este processo acontecer ou se manter.
Dois jovens permanecem no meio rural, diferentemente do modelo tradicional de sucessão geracional. Este artigo tem como objetivo validar as formas de permanência de dois jovens no meio rural, evidenciando as diferenças em termos de ano ou processo de sucessão geracional tradicional. Foram analisadas 53 entrevistas em diferentes municípios da região noroeste do Rio Grande do Sul. Para analisar dois resultados apontou para quatro formas diferentes de permanência: 1) Residência conjunta (mesma casa) em propriedade paterna com atividades agrícolas e não agrícolas; 2) Residência separada (mais as mesmas propriedades em dois países) com atividades agrícolas e propriedades dos pais; 3) Residência não urbana, comércios agrícolas com propriedades de dois países e 4) Residência com propriedade, junto com os países e com atividades urbanas.
Na agricultura familiar, a gestão da propriedade é realizada efetivamente pelos membros da família, assim como o trabalho. A mão de obra é composta pelos gestores da propriedade (geralmente os pais) que repassam as técnicas de produção e trabalho aos filhos desde muito cedo. Diante desse cenário, o objetivo desse estudo é discutir a reprodução da mão de obra em propriedades familiares tendo como norte a sucessão geracional. A partir de revisão bibliográfica, percebe-se que a gestão das propriedades familiares é significativamente dependente da mão de obra familiar. Esta mão de obra familiar é composta especialmente pelos filhos que tendem a assumir o lugar dos pais como trabalhadores e gestores da ocupação agropecuária. A partir das referências bibliográficas analisadas conclui-se que têm ocorrido dificuldades na manutenção dos filhos de agricultores no campo por meio da sucessão geracional. Como consequência, dificuldades na renovação da mão de familiar, podendo acentuar problemas sociais relevantes no meio rural como é o caso do envelhecimento e masculinização do campo.
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