A pré-eclâmpsia é uma das patologias obstétricas mais graves, sendo uma das principais causas de morbimortalidade materna e fetal. 1 Habitualmente manifesta-se na segunda metade da gravidez, complicando 2 a 8% das gestações 2 e contribuindo para mais de 100.000 mortes maternas por ano a nível global. 3 Segundo a International Socie-Ácido acetilsalicílico na prevenção da pré-eclâmpsia: uma revisão baseada na evidência RESUMO Objetivo: Rever a evidência atual sobre o efeito do ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção da pré-eclâmpsia. Fontes de dados: MEDLINE e sítios de medicina baseada na evidência. Métodos de revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), revisões sistemáticas (RS) e meta-análises (MA), publicados entre 13/11/2005 e 13/11/2015, utilizando os termos MESH 'preeclampsia' e 'aspirin' e os termos DeCS 'pre-eclâmpsia' e 'aspirina'. Para atribuição do nível de evidência (NE) e força de recomendação (FR) foi utilizada a Strenght of Recommendation Taxonomy, da American Academy of Family Physicians. Resultados: Foram selecionados 14 de entre 296 artigos encontrados: sete MA, três RS, três NOC e um ECAC. Globalmente, as RS e MA demonstram o benefício do AAS na prevenção da pré-eclâmpsia, principalmente em mulheres de alto risco. Apenas uma RS com NE 2 não encontrou evidência para suportar o uso desta profilaxia nas mulheres em risco de pré-eclâmpsia. Os estudos que analisam separadamente as mulheres de baixo risco na população-alvo verificaram uma ausência de benefício do AAS neste grupo de mulheres. As NOC recomendam o uso de AAS na prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco, desaconselhando o seu uso nas mulheres de baixo risco. O ECAC faz a mesma recomendação relativamente às mulheres de alto risco. Conclusões: A evidência disponível indica que o AAS em baixa dose tem benefício quando usado como medicação preventiva nas mulheres em risco de pré-eclâmpsia, com evidência clara do seu benefício nas mulheres de alto risco (FR A), sendo desaconselhado o seu uso em mulheres de baixo risco (FR A). Existe ainda necessidade de mais estudos de elevada qualidade, de metodologia homogénea e amostras relevantes que suportem esta evidência. Palavras-chave:Pre-eclâmpsia; Aspirina.ty for the Study of Hypertension in Pregnancy (ISSHP), a pré-eclâmpsia é definida pelo início de hipertensão após as 20 semanas de gestação, combinada com proteinúria (>300mg/dia) ou outras disfunções de órgão--alvo, como disfunção renal ou hepática, complicações neurológicas ou hematológicas, disfunção útero-placentária ou restrição de crescimento intrauterino (RCIU). 4 A pré-eclâmpsia está ainda associada a parto pré-termo, quer espontâneo quer iatrogénico, e a nascimento de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (RN-PIG). 5 Adicionalmente, as crianças nascidas de mães com pré-eclâmpsia têm maior risco de displasia broncopulmonar e paralisia cerebral associadas revisões CONFLITOS DE INTERESSEOs autores declaram não ter conflitos de interesse. FINANCIAMENTO D...
Os autores declaram não ter conflitos de interesse. FINANCIAMENTO DO ESTUDOOs autores declaram que o trabalho relatado neste manuscrito não foi objeto de qualquer tipo de financiamento externo.
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