O artigo analisa a influência das eleições 2020 nas ações dos gestores dos municípios que compõem a região metropolitana funcional de Natal, no contexto da pandemia do novo coronavírus. Diante disso, o objetivo consiste em verificar como as medidas de enfrentamento da Covid-19 podem ser utilizadas como estratégia eleitoral. Para tanto, adotamos a seguinte metodologia: 1) pesquisa bibliográfica, a qual ajudou a definir como base teórico-metodológica os estudos de Almeida (2008) e Manin, Przeworski & Stokes (2006); e 2) pesquisa documental a partir dos decretos estaduais e municipais, os quais foram cruzados com dados quantitativos referentes às taxas de transmissibilidade e de ocupação de leitos de UTI. Os dados foram sistematizados para análise temporal e espacial, representados em infográficos e mapas temáticos. Os resultados da pesquisa ressaltaram os seguintes aspectos: a influência das pesquisas de opinião na mudança de postura no enfrentamento da covid-19; dissonâncias das ações visando o protagonismo político; a antecipação da liberação das atividades comerciais como centro de disputa – essencialmente do governo do estado e do candidato à prefeitura da capital; o apelo aos kits covid, sem recomendações científicas; e o fortalecimento da vantagens dos gestores em disputa pela reeleição. Dessa forma, o contexto político vem dificultando uma postura de cooperação entre os entes na região metropolitana estudada, dado o uso da pandemia como uma janela de oportunidade para uma promoção eleitoral. Portanto, a existência de uma governança capaz de possibilitar o planejamento está impossibilitada, em virtude dos distintos interesses que pautam as ações dos gestores.
A política habitacional implementada no Brasil pelo Banco Nacional de Habitação (BNH) teve, entre seus agentes operacionais, as Companhias de Habitação (Cohabs), instituídas em cada estado da federação. Este artigo trata das ações da Cohab/RN no que diz respeito à construção de conjuntos habitacionais no interior do estado, buscando contribuir com as pesquisas sobre habitação fora dos grandes centros urbanos. Foram utilizadas diferentes fontes de dados qualitativos e quantitativos, como bases institucionais (por exemplo, BNH, DATANORTE e IBGE), jornais (Tribuna do Norte), revistas (RN-econômico e BNH em resumo) e outros. A sistematização das informações primou por uma análise histórica e espacial, com dados organizados em tabelas, quadros e mapas. São destacadas as motivações políticas, econômicas e sociais que contribuíram para a interiorização da Cohab/RN e as peculiaridades desse processo. Ressalta-se que a análise desses conjuntos habitacionais proporciona elementos importantes para a compreensão da realidade local e/ou para análises comparativas, tanto com a política habitacional atual, no RN, quanto com as ações de outras Cohabs no Brasil.
Mudanças decorrentes do processo de industrialização e urbanização acelerada a partir da década de 1950, produziram no território brasileiro novas formas e conteúdos, como uma infraestrutura do conhecimento que pode ser exemplificada pela presença dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), cuja capilaridade alcança, na Região Nordeste, nove estados da federação. O artigo analisa a importância dessa Instituição na criação de produtos e patentes, considerando sua relação com os paradigmas de uma cidade inteligente e humana preconizados pela Rede Brasileira de Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis (REDE CHICS). Procurou-se compreender os Institutos Federais (IFs) como fixos geográficos que compõem a infraestrutura do conhecimento da região que contribuem para promoção de novas dinâmicas nos municípios que estão instalados. A metodologia compreendeu levantamento bibliográfico e documental; portais de revistas, periódicos, bancos de teses e dissertações. Organização de um banco de dados a partir de informações obtidas no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pesquisa em sítios eletrônicos dos IFs. Os dados obtidos resultaram na produção de mapas, gráficos e tabelas, que contribuíram para ratificar a relevância dos IFs para a produção de pesquisas, produtos e patentes. Também contribuem para refletir sobre o quadro de seletividade, diferenciação e desigualdade socioespacial decorrentes do estabelecimento da agenda das cidades inteligentes e humanas na região.
Historically, in Brazil, the government’s actions regarding the housing agenda have been based on the home ownership ideology, opening up a possibility, even though irregular, for commercialization. This article analyzes the context of the sale of houses from the Minha Casa Minha Vida Program – range 1 (2009 to 2020). The methodological procedures include monitoring of advertisements, access to the notification control database of the federal bank Caixa Econômica Federal, and land use mapping of housing units. This research’s contribution is that it analyzes those processes in different analytical scales – federation unit (state of Rio Grande do Norte), metropolitan region of Natal, and medium-sized city (Mossoró) – with the same methodological approach.
Resumo No Brasil, historicamente as ações do poder público na agenda da habitação mobilizam-se a partir da ideologia da casa própria, abrindo a possibilidade, mesmo que irregular, de comercialização. Este artigo analisa o cenário de comercialização dos imóveis do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) – faixa 1 (2009 a 2020). Dos procedimentos metodológicos, constam: monitoramento dos anúncios; acesso ao banco de dados de controle de notificações da Caixa Econômica Federal; e mapeamento de uso do solo dos conjuntos. A pesquisa visa contribuir contemplando diferentes escalas analíticas: da unidade da federação (estado do Rio Grande do Norte), da Região Metropolitana de Natal (RMN) e de municípios de porte médio (a cidade de Mossoró), com o mesmo prisma metodológico.
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